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O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, acusou no domingo (26) o Paquistão de ter lançado 470 mísseis contra duas províncias do sul, na fronteira entre os dois países, nas últimas três semanas. Os ataques deixaram 36 mortos, entre os quais 12 crianças, segundo as autoridades afegãs.

As áreas atingidas ficam nas províncias de Kunar e Nangarhar, de onde as tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) se retiraram recentemente, transferindo a responsabilidade para soldados afegãos. Segundo oficiais que fazem a segurança na fronteira, as duas províncias teriam sido ocupadas por milicianos do Taleban paquistanês logo após a saída dos militares estrangeiros.

Em um comunicado oficial divulgado pela presidência, Karzai exige "o fim imediato dos bombardeios" e pede explicações do governo paquistanês. "Se os bombardeios não estão sendo feitos pelo Paquistão, o governo do país deve deixar claro quem está por trás desses ataques", declarou o presidente.

Segundo Karzai, o assunto foi discutido com o presidente do Paquistão, Asif Ali Zadari, em uma conferência antiterrorismo em Teerã, no sábado. No mesmo dia, o porta-voz do Ministério da Defesa do Afeganistão, Mohammad Zahir Azimi, prometeu retaliações contra os ataques.

Tanto a Otan quanto militares do Paquistão negaram ter conhecimento sobre os recentes confrontos na fronteira.

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