O conflito do governo colombiano com as Farc e o ELN dura mais de 50 anos| Foto: GUILLERMO LEGARIA /AFP

O presidente colombiano Juan Manuel Santos, advertiu nesta segunda-feira (8) pelo Twitter que qualquer acordo alcançado com as Forças Revolucionárias Armadas da Colômbia (Farc) nas negociações de paz será submetido a um plebiscito para aprovação popular. Nos últimos dias, a guerrilha tem pressionado o governo pela aprovação imediata de pactos, já que o Congresso deu aval a uma revisão constitucional.

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“O que for assinado em Havana será levado a plebiscito, gostem as Farc ou não”, escreveu ele.

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Segundo Santos, os mecanismos de participação, justiça e paz entre os dois lados serão acordados bilateralmente, mas precisam ser aprovados pelo povo. Ele já havia anunciado a intenção de referendar a decisão assim que chegou ao pré-acordo de paz com a guerrilha, em outubro do ano passado.

O governo criticou a intenção das Farc de tentar escapar da aprovação popular, já que uma aproximação com o grupo é criticada por uma parcela considerável da população. Ainda não há uma data definida para o plebiscito, que deve ocorrer em poucos meses após a data-base para o acordo final, em março.

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Enquanto os dois lados trocam acusações, as Farc tentam convencer o governo de que a segunda maior guerrilha do país, o Exército de Libertação Nacional (ELN), também quer se submeter a um processo de paz.

“O ELN não pode ficar fora das negociações. Temos elementos para afirmar que seus dirigentes querem iniciar o quanto antes conversas com o governo. Sem o ELN, a paz seria incompleta”, disse o chefe negociador das Farc, Iván Márquez.

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O conflito com os dois grupos dura mais de 50 anos.