O próximo governo italiano, seja ele do partido que for, terá de fazer reformas abrangentes, já que oportunidades para isso foram desperdiçadas durante a atual legislatura, disse nesta segunda-feira (14) o presidente da Itália, Giorgio Napolitano.

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"Cinco anos é tempo suficiente para o próximo governo (realizar as reformas necessárias) durante uma temporada de rigor orçamentário", disse Napolitano em discurso às mais altas figuras institucionais do país, incluindo o primeiro-ministro, Mario Monti.

Napolitano, que ocupa um cargo protocolar, se disse "amargurado e preocupado" com o fato de os partidos italianos não terem aprendido a fazer concessões pelo bem do país, mesmo após 13 meses do governo tecnocrata de Monti.

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Ele disse esperar que os diferentes partidos apresentem programas de governo factíveis antes da próxima eleição nacional, que provavelmente será em fevereiro.

Monti, que assumiu o cargo sem ser eleito, com a tarefa de evitar um colapso financeiro da Itália, já disse que vai renunciar depois que o Parlamento aprovar o orçamento para 2013, o que deve ocorrer nesta semana. Depois disso, seu gabinete vai permanecer em caráter interino.

O premiê, economista de formação, está sendo pressionado por líderes internacionais a buscar um novo mandato. Mas uma pesquisa nesta segunda-feira mostrou que 61 por cento são contra uma candidatura de Monti, que perdeu popularidade por causa das medidas de austeridade adotadas nos últimos meses.

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