O presidente Abdullahi Yusuf anunciou sua renúncia ao parlamento da Somália nesta segunda-feira (29). Onda de violêdncia no País tem gerado várias mortes de civis| Foto: Antony Njuguna / Reuters

O presidente da Somália, Abdullahi Yusuf, renunciou nesta segunda-feira (29), acabando com um impasse no alto escalão do governo e abrindo as portas para uma nova administração na nação africana, mesmo com o governo tendo apoio da Organização das Nações Unidas (ONU). A poucas horas do anúncio, morteiros caíam próximos do palácio presidencial na capital do país, Mogadiscio. Abdullahi Yusuf anunciou sua renúncia ao Parlamento em Baidoa - uma das poucas cidades somalis controladas pelo fraco governo.

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O líder do Parlamento Aden Madobe ocupará o cargo de presidente do país inteirinamente, seguindo a Constituição. As eleições devem ocorrer em 30 dias.

Madobe disse a repórteres em Baidoa que vai deixar o cargo assim que um novo presidente for apontado.

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"Uma nova página da história da Somália foi aberta", disse Ahmedou Ould-Abdallah, o enviado especial da ONU à Somália, pedindo que todos os somalis apóiem Yusuf em sua "decisão patriótica e corajosa".

Instabilidade

O governo de Yusuf fracassou em levar segurança à nação destruída pela guerra e agora controla apenas Baidoa e partes de Mogadiscio. O mais agressivo grupo islâmico insurgente, o al-Shabab, teve ganhos territoriais substanciais nos últimos meses e agora controla boa parte do país. Em comunicado, o grupo afirmou nesta manhã que Yusuf está renunciado "com vergonha".

A instabilidade em terra firme fomentou a pirataria em rotas movimentadas de embarcações na costa do país e levou esquadras estrangeiras à região para patrulhar suas importantes rotas de comércio.

A comunidade internacional está pressionando para várias facções políticas da Somália acabarem com as disputas e se unirem em um governo para trazer paz ao país após 17 anos de combates.

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Milhares de civis foram mortos ou mutilados por morteiros, tiros e granadas em batalhas quase diárias na Somália. A ONU afirma que o país tem 300 mil crianças subnutridas, mas os ataques e seqüestros de profissionais da entidade forçaram o fechamento de muitos projetos humanitários.

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