O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, ordenou nesta segunda-feira (21) um cessar-fogo em um raio de 40 quilômetros ao redor do local onde supostamente foi abatido há quatro dias o Boeing 777 da Malaysia Airlines com 298 pessoas a bordo.

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"Eu dei a ordem. Os militares ucranianos não devem fazer operações nem abrir fogo em um raio de 40 quilômetros a partir do local da tragédia", disse o líder ucraniano aos jornalistas, após visitar a embaixada da Malásia em Kiev.

Por sua vez, Andrei Purguin, um dos líderes dos separatistas de Donetsk, região onde caiu o avião malaio, assegurou que "os milicianos garantiram a segurança na região da catástrofe desde o primeiro dia após o acidente".

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"No entanto, junto ao lugar da tragédia se concentram muitas forças ucranianas. Temo que não se possam evitar escaramuças locais. São possíveis provocações da parte ucraniana", advertiu Purguin.

Enquanto, Poroshenko voltou a reiterar que os milicianos que fazem a guarda do local da tragédia, que fica junto à cidade de Grábovo, na região oriental de Donetsk, roubam os pertences das vítimas do acidente, destroem provas e "impedem a comissão de investigação ucraniana de trabalhar".

Os combates entre as forças ucranianas e os separatistas pró-Rússia se intensificaram desde a catástrofe do avião apesar de que a comunidade internacional pediu uma trégua para investigar as circunstâncias da tragédia.

Por outro lado, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia, Andrei Lisenko, denunciou que vários tanques e caminhões russos passaram da Rússia para território ucraniano para apoiar os separatistas que combatem as forças de Kiev.

Segundo Lisenko, uma coluna de blindados e caminhões tentou entrar em território ucraniano através da passagem fronteiriça de Izvárino, na região de Lugansk.

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"Embora a artilharia ucraniana tenha bombardeado a coluna, vários tanques e caminhões conseguiram atravessar a fronteira", apontou Lisenko.

Durante os combates na região de Lugansk, epicentro dos enfrentamentos armados entre os dois bandos desde a rendição da cidade de Slaviansk, as forças ucranianas capturaram 35 prisioneiros.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional ressaltou que a maioria dos insurgentes capturados é de cidadãos russos, alguns procedentes do Cáucaso do Norte.

Os combates chegaram hoje a Donetsk, que contava 1 milhão de habitantes antes do conflito, onde pelo menos três pessoas morreram em enfrentamentos na zona ocidental dessa cidade, entre a estação de trens e o aeroporto.

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