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O Ministério Público venezuelano proibiu na quarta-feira o presidente do canal de TV opositor Globovisión de sair do país, alegando perigo de fuga enquanto ele é investigado pelo crime de "usura genérica".

O empresário Guillermo Zuloaga é acusado de ocultar veículos de uma concessionária para fazer especulação de preços.

O presidente Hugo Chávez tem instigado as autoridades a tomar medidas contra a estação que considera subversiva, e a procuradoria iniciou duas investigações contra Zuloaga, uma por usura e outra por supostos delitos ambientais.

"Depois da solicitação do Ministério Público, foram acordadas as medidas cautelares substitutivas de liberdade consistentes na proibição da saída do país e a apresentação periódica diante de um tribunal ao empresário Guillermo Zuloaga", disse um comunicado da procuradoria.

A acusação solicitou a medida alegando presunção de fuga e obstrução da Justiça. Medidas similares atingiram outras três pessoas relacionadas ao caso.

Zuloaga disse na Globovisión que enfrentaria as acusações e lamentou ter tomado conhecimento da medida por meio de um comunicado de imprensa.

A oposição acusa o governo de atentar contra a liberdade de expressão por uma milionária multa que impôs ao canal há algumas semanas e por levar adiante vários inquéritos por supostas violações de leis de telecomunicações.

Mas o governo argumenta que pretende cuidar da saúde mental dos venezuelanos e combater o crime. Zuloaga deve comparecer a um tribunal local na sexta-feira para ser imputado.

Chávez recebeu duras críticas dentro e fora da Venezuela por não renovar a concessão do canal mais visto do país, o opositor RCTV, o que se interpretou como uma resposta à posição política da emissora.

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