Uma corte tunisiana condenou na segunda-feira o ex-presidente Zine al-Abidine Ben Ali à revelia a mais de 15 anos de prisão depois de considerá-lo culpado por posse ilegal de drogas e de armas.
Os advogados de Ben Ali, deposto em janeiro e atualmente na Arábia Saudita, boicotaram o julgamento, classificando-o de farsa. É a segunda grande sentença aplicada a Ben Ali, condenado a 35 anos de prisão por outros crimes no mês passado.
A queda de Ben Ali em janeiro após semanas de protestos inspirou a onda de levantes da "Primavera Árabe" ao redor do Oriente Médio e do norte da África.
Depois do julgamento de um dia, o juiz sentenciou Ben Ali a 15 anos e 6 meses, acrescentando que os seis meses se devem à posse ilegal de artefatos arqueológicos.
Ben Ali foi condenado por posse de drogas com a intenção de vendê-las e por posse ilegal de armas.
Durante a audiência, um dos advogados dele pediu que o juiz adiasse o julgamento a fim de que ele conseguisse convencer Ben Ali a retornar à Tunísia para enfrentar o julgamento. O juiz Touhami Hafian recusou-se a atender a solicitação.
"Nesse caso, estamos nos retirando desta audiência, que não cumpre o direito a um julgamento justo", disse o advogado.
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