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O presidente iraniano, Hasan Rowhani, disse nesta quarta-feira (25/09), em entrevista ao jornal americano "Washington Post", que quer chegar a um acordo com as potências ocidentais acerca de seu programa nuclear em um prazo de três a seis meses.

"O único jeito de progredir é colocar um prazo - e curto - nas negociações", afirmou o iraniano por meio de um tradutor, embora seja fluente em inglês.

"Quanto mais curto, melhor para todos. Três meses seria a escolha do Irã, seis também é bom. É uma questão de meses, e não anos."

Também nesta quarta, o chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, afirmou esperar que essas negociações sejam retomadas logo após a histórica reunião que terá com o chamado P5+1 (EUA, Reino Unido, França, Rússia e China, além da Alemanha).

Será o mais alto contato oficial entre EUA e Irã desde a Revolução Islâmica, em 1979.

O diálogo entre Irã e o P5+1 visando o fim do impasse quanto ao programa nuclear do país começou em 2006. Teerã diz fazer uso pacífico da energia, enquanto o Ocidente o acusa de maquiar esforços para chegar à bomba.

Rowhani, que foi chefe das negociações nucleares de 2003 a 2005, e seu chanceler estão em Nova York participando da Assembleia-Geral da ONU.

Em seu discurso à plenária, o presidente iraniano já dissera estar disposto a estipular prazos para as conversas e chamou de "violentas" as sanções a que seu país está submetido por parte da ONU, dos EUA e da UE (União Europeia).

Naquele dia, a Casa Branca chegou a oferecer a Rowhani a oportunidade de se encontrar informalmente com Barack Obama, mas ele a recusou.

Hoje, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse que o presidente americano não ficou desapontado e que a negativa não deve ser "exagerada".

"Mesmo se tivesse havido encontro, isso seria menos significativo do que os iranianos mostrarem seriedade de propósito no que se refere ao progresso nas negociações que estão disponíveis a eles há tantos anos", disse.

"Na nossa visão, é por causa delas [sanções] que o Irã está interessado em discutir uma solução para esse conflito", disse, "mas o que importam são as ações".

O chanceler iraniano se encontrou hoje com o colega brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, porém o conteúdo da conversa não foi divulgado.

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