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O presidente do Paraguai, o liberal Federico Franco, disse neste domingo (21) que não reconhece Nicolás Maduro no comando da Venezuela. Maduro foi declarado persona non grata pelo parlamento paraguaio no ano passado porque teria incitado às Forças Armadas a defender o ex-presidente Fernando Lugo na época do impeachment, quando ainda ocupava o cargo de chanceler venezuelano.

Segundo o presidente, para rever a decisão em relação a Maduro são necessários dois terços do voto do Congresso. "É preciso um grande acordo entre o executivo e o legislativo sobre política de estado o que inclui a relação com a Venezuela para que o próximo governo tenha mais facilidade e possa conseguir na brevidade possível a resolução deste problema". Maduro foi empossado na última sexta-feira, dia 19, após uma eleição tumultuada.

Apesar das divergências antigas entre Paraguai e Venezuela, Franco reiterou o desejo de ver seu país voltar ter voz ativa no Mercosul, após as eleições que ocorrem hoje. "O dano que fizeram com o Paraguai não tem desculpa nem justificativa. E o que está acontecendo agora na Venezuela é prova de que não existe reciprocidade nem coerência no Mercosul", diz.

A Venezuela foi incorporada ao Mercosul em junho de 2012, na mesma época que o Paraguai foi suspenso. Em votação realizada em outubro do ano passado, o parlamento paraguaio reprovou a entrada do país de Maduro no bloco, decisão que precisará ser revista pelo novo presidente paraguaio.

O Paraguai foi suspenso do Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) após o ex-presidente Fernando Lugo ter sido cassado, em um processo relâmpago. O estopim da queda de Lugo foi a morte de 17 pessoas, entre seis policias e 12 sem-terra, ocorrida em uma desocupação de terra no município de Curuguaty,, a 280 quilômetros de Foz do Iguaçu. A garantia de eleições livres e democráticas hoje é considerada um passe livre para o Paraguai voltar a recuperar a cadeira no Mercosul.

Votação no Paraguai

Antes de sair para votar neste domingo, Franco, que apoia o candidato de seu partido, Efraín Alegre (PLRA), concedeu entrevista a jornalistas estrangeiros e do Diário ABC Color, o maior do país.

O Paraguai passa hoje pela sexta eleição geral após o término da ditadura de 35 anos. As urnas foram abertas às 8h (horário brasileiro) e a votação transcorre até as 17h. O nome do novo presidente, que governará entre 2013-2018, deve ser conhecido por volta das 21h

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