Exibindo uma espada, o presidente do Sudão, Omar Hassan al-Bashir, ameaçou no domingo expulsar diplomatas e mais organismos de ajuda humanitária.
A declaração foi feita dias depois de o Tribunal Penal Internacional de Haia (ICC, na sigla em inglês) emitir um pedido de prisão contra ele, acusando-o de comandar atrocidades cometidas em Darfur. O Sudão já fechou 13 grupos internacionais e três entidades locais de ajuda humanitária, alegando que essas instituições ajudam a Corte de Haia.
"Nós expulsamos as organizações porque elas ameaçaram a segurança do Sudão", disse Bashir durante discurso em Darfur. "Vamos expulsar qualquer um que for contra as leis sudanesas, sejam eles de organizações voluntárias, missões diplomáticas ou de forças de segurança."
Antes da expulsão, as Nações Unidas e outros grupos realizavam o maior programa de ajuda humanitária do mundo em Darfur, onde especialistas dizem que nos quase seis anos de conflito 200 mil pessoas foram mortas e outras 2,7 milhões tiveram de sair de suas casas.
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