O presidente da Itália participou de reuniões com líderes políticos nesta quinta-feira para ver se Romano Prodi, que renunciou ao cargo de premiê após nove meses no poder, ainda pode liderar um governo ou se ele deve ser substituído.

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Prodi, que no ano passado venceu a eleição mais disputada na história da Itália no pós-guerra, renunciou na quarta-feira depois de ser derrotado no Senado em uma questão de política externa - uma fonte constante de fricção na sua coalizão partidária.

De acordo com a Constituição, o presidente Giorgio Napolitano agora deve encontrar uma maneira de sair do impasse.

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Ele deve passar a quinta-feira em consultas com o partido e com líderes parlamentares - um processo chamado por um jornal de ``roleta russa'' para Prodi, já que o resultado vai determinar seu futuro político.

Há três cenários principais.

Se Napolitano encontrar apoio suficiente para Prodi entre os partidos de centro-esquerda, ele poderia pedir que o ex-premiê formasse um novo governo ou fosse ao Parlamento com seu gabinete atual para um voto de confiança. Uma vitória iria garantir que Prodi permanecesse no cargo.

Se o apoio a Prodi não for o bastante para que ele continue como primeiro-ministro, Napolitano poderia pedir a outra pessoa, possivelmente ao ministro do Interior Giuliano Amato, para que forme um governo de especialistas com apoio de vários partidos.

Se não se chegar a nenhum acordo sobre quem deve ser o primeiro-ministro, Napolitano será obrigado a dissolver o Parlamento e pedir eleições antecipadas, embora essa opção pareça improvável por enquanto.

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Depois de sua eleição em abril passado, Prodi desfrutou de uma breve lua-de-mel, mas sua popularidade logo caiu quando ele levou adiante uma redução do orçamento de 2007 para fazer com que a Itália cumprisse as exigências da União Européia.