As forças de segurança libanesas prenderam neste sábado (24) um suspeito de ligação com o duplo atentado realizado na sexta-feira que matou pelo menos 47 pessoas no norte da cidade de Trípoli, segundo a agência de notícias estatal.
O suspeito se chama Ahmad al-Ghareeb, e a polícia o teria levado em custódia de sua casa, na região de Miniyeh, fora de Trípoli. Ghareeb aparece em um vídeo de vigilância no local de uma das explosões.
As explosões coordenadas realizadas na sexta-feira ao lado de duas mesquitas em Trípoli, em uma região predominantemente sunita da cidade, levantou as tensões sectárias, aumentando os temores de que o país poderia estar entrando em um ciclo de ataques de vingança entre as duas comunidades, xiitas e sunitas.
Para muitos libaneses, os atentados também foram vistos como a mais recente evidência de que a sangrenta guerra civil síria, com seus tons sectários, está cada vez mais atraindo o seu vizinho menor.
Policiais libaneses disseram neste sábado que 47 pessoas foram mortas e mais de 500 ficaram feridas no ataque. Cerca de 300 pessoas ainda estavam nos hospitais, sendo 65 delas em estado crítico.
Em Trípoli, civis armados montaram postos de controle perto das mesquitas, enquanto as forças de segurança libanesas patrulhavam as ruas.
Embora não tenha havido nenhuma reivindicação de responsabilidade pelos ataques, muitos tentam vinculá-los à guerra civil na Síria, onde uma insurgência sunita luta para derrubar um regime dominado pela seita alauíta, do presidente Bashar Assad, uma ramificação do islamismo xiita.
O Hezbollah declarou abertamente que seus guerrilheiros estão lutando ao lado de Assad contra os rebeldes sírios, que apreciam a simpatia e o apoio de muitos na comunidade sunita do Líbano.
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