Dois dirigentes políticos colombianos acusados de ligação com os extintos esquadrões paramilitares de ultradireita foram presos nesta quinta-feira por ordem da Corte Suprema de Justiça, na reabertura de um processo que já levou 30 congressistas à prisão.

CARREGANDO :)

Foram detidos o deputado Luis Carlos Restrepo e o ex-senador Ramón Antonio Valencia.

As prisões ocorrem a pouco mais de um mês da eleição presidencial de 30 de maio, e analistas dizem que o chamado escândalo da parapolítica é um dos fatores que estão favorecendo a ascensão do candidato independente Antanas Mockus contra o governista Juan Manuel Santos.

Publicidade

Segundo investigações da Corte Suprema e depoimentos de ex-comandantes paramilitares, os políticos envolvidos fizeram acordos com esses grupos armados ilegais para garantir sua reeleição em 2002 e 2006. Os paramilitares teriam financiado as campanhas e coagido os eleitores das zonas sob seu controle a votarem nos políticos.

Entre os investigados está o ex-senador Mario Uribe, primo do presidente Álvaro Uribe. Analistas e pesquisas dizem que o presidente não teve sua popularidade afetada pelo escândalo, e ele continua popular graças ao combate à criminalidade e às guerrilhas.

Veja também
  • Colômbia descobre rede de tráfico ligada às Farc
  • Uribe rejeita interferência externa em eleição na Colômbia
  • Paraguai mobiliza militares após declarar estado de exceção
  • Chávez fala em "guerra" ao comentar eleição colombiana