Pressão
Medidas da UE têm como objetivo barrar o avanço do programa nuclear iraniano:
Vistos e bens - Proíbe vistos e congela bens de autoridades da Guarda Revolucionária, de bancos iranianos e de estatais.
Trânsito - Exorta países-membros a evitar acesso a seus aeroportos de aviões de carga iranianos.
Seguros - Proíbe provisão de seguros ao governo e a entidades iranianas.
Tecnologia dual - Bane importação e exportação de armamentos e de todos os equipamentos, materiais, bens e tecnologia que contribuam para enriquecimento de urânio.
Setor financeiro - Proíbe transações financeiras com o governo, os bancos iranianos e o banco central.
Energia - Proíbe venda, suprimento ou transferência de equipamentos e tecnologia para exploração e refino no setor de energia.
Transferências - Obriga transferências de fundos em valores acima de 40 mil euros a obter autorização prévia do país-membro em questão.
Notificações - Somas acima de 10 mil euros não relacionadas a alimentos e saúde exigirão notificação.
Fonte: Folhapress
O Irã anunciou inesperadamente, ontem, estar preparado para retomar as negociações sobre a troca de combustível nuclear mediadas por Brasil e Turquia , pouco depois de a União Europeia (UE) aprovar sanções mais duras contra o país, incluindo uma iniciativa para bloquear investimentos no setor de petróleo e gás.
O anúncio ocorreu após os ministros das Relações Exteriores da UE aprovarem uma série de restrições adicionais ao Irã, indo bem além das sanções aprovadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) no mês passado, incluindo medidas para bloquear a negociação com bancos e seguradoras iranianas (veja box ao lado).
Pouco depois, o Irã anunciou estar pronto para retomar as negociações sobre a troca de combustível nuclear "sem condições", de acordo com a agência oficial de notícias Irna. Comentando uma carta apresentada pelo Irã à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o enviado do Irã à agência da ONU, Ali Asghar Soltanieh, afirmou que "a mensagem clara desta carta é a completa prontidão do Irã para manter negociações sobre o combustível para o reator de Teerã sem nenhuma condição".
O anúncio parecia ser uma iniciativa do país persa de mostrar disposição para negociar, já que uma série de sanções da ONU, da UE e dos EUA intensificam a pressão sobre o Irã. Não estava claro, porém, se a oferta para negociação da troca de combustível seria o suficiente para aplacar as potências mundiais. "Este é o momento [para os adversários do Irã] provarem que também estão determinados a vir da confrontação e da negociação e conversar", disse Soltanieh à iraniana Press TV, e prosseguiu para mostrar o descontentamento do Irã com as novas sanções. "Tendo dito isso, é decepcionante que haja notícias sobre os gestos negativos destrutivos que colocam em risco o ambiente propício", acrescentou ele.
Em Jerusalém, o chanceler brasileiro, Celso Amorim, disse que quem sofre com as sanções é o povo iraniano.
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