Papa Francisco participa da Santa Missa na Basílica de São Pedro, na Cidade do Vaticano, 24 de abril de 2022.| Foto: EFE/EPA/CLAUDIO PERI
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O papa Francisco proclamou como santa neste domingo a religiosa Maria Francisca de Jesús (1844-1904), considerada a primeira do Uruguai, junto com outros nove beatos, entre eles o francês Charles de Foucauld, o ermitão que evangelizou no deserto do Saara, e o holandês carmelita Titus Brandsma, jornalista executado pelos nazistas no campo de concentração de Dachau.

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Foi a primeira canonização em três anos, que marca o retorno ao Vaticano das grandes celebrações, suspensas devido à pandemia. O papa Francisco presidiu em uma praça de São Pedro lotada, diante de cerca de 60 mil fiéis, uma cerimônia emocionante que teve como como pano de fundo a basílica, adornada com as tapeçarias dos dez santos proclamados.

"Nossos companheiros de viagem, hoje canonizados, viveram a santidade desta forma: esgotaram-se pelo Evangelho, abraçando com entusiasmo a sua vocação - sacerdote, consagrado, leigo -, descobriram uma alegria sem igual e se tornaram reflexo luminoso do Senhor na história. Vamos tentar fazer isso também", sugeriu Francisco.

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María Francisca é a primeira santa uruguaia

A primeira santa uruguaia, María Francisca de Jesús, cujo verdadeiro nome era Ana María Rubatto, foi a fundadora em 1885 da Congregação das Irmãs Capuchinhas, dedicada a cuidar dos doentes e, sobretudo, de crianças e jovens abandonados.

Nascida em 1844 em Carmagnola (Piedmont, Itália), partiu em 1892 com quatro irmãs de sua congregação para a América Latina para oferecer sua contribuição no Uruguai, Argentina e Brasil; e finalmente se estabeleceu em Montevidéu, onde criou uma oficina que com o tempo se tornou o Colégio San José de la Providencia.

Entre os novos santos estão também Tito Brandsma (1881-1942), morto por injeção letal em Dachau depois de se oferecer para substituir um prisioneiro condenado à execução, e o religioso Charles de Foucauld (1858-1916), um ermitão que explorou o Saara e a cultura dos tuareg e é considerado um símbolo de diálogo entre as religiões.

Completam a lista os religiosos franceses Marie Rivier (1768-1838) e César De Bus (1544-1607), os italianos Luigi Maria Palazzololo (1827-1886), Maria Doménica Mantovan (1862-1934), Giustino Maria Russolillo (1891-1955) e Maria de Gesù (Carolina Santocanale) (1852-1923) e o leigo indiano Lázaro, conhecido como Devasahayam (1712-1752).

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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