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Os militares que comandam o Egito aceitaram a demissão do primeiro-ministro Ahmed Shafiq, visto por manifestantes como um símbolo do regime do presidente deposto Hosni Mubarak, informou hoje o Exército. Shafiq será substituído por Essam Sharaf, um ex-ministro dos Transportes que participou das manifestações na Praça Tahrir, no Cairo, que levaram em 11 de fevereiro à renúncia de Mubarak, que comandava o país havia três décadas.

"O Conselho Supremo das Forças Armadas anuncia que aceitou a renúncia do primeiro-ministro Ahmed Shafiq", afirma um comunicado dos militares. Não foram divulgadas razões para a renúncia. O conselho militar comanda o Egito desde a renúncia de Mubarak. Desde então, os manifestantes continuam a realizar protestos pedindo a substituição do atual governo, que inclui vários ministros do regime deposto.

O conselho ordenou anteriormente que o governo administre os assuntos do país por seis meses "ou até as eleições parlamentares e presidenciais". Além disso, há uma comissão encarregada de examinar reformas na Constituição.

A expectativa era de que Shafiq ficasse no poder pelo menos até as eleições, que ainda não têm data marcada. A saída do premiê é vista como uma resposta dos militares à crescente demanda dos manifestantes por mudanças no governo. Não está claro se Shafiq deixou o poder por conta própria ou foi pressionado a renunciar pelos militares, informa o jornal The Wall Street Journal. Shafiq havia sido nomeado em 29 de janeiro deste ano, como uma tentativa de Mubarak de responder ao movimento de protestos no país. As informações são da Dow Jones.

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