O presidente do Peru, Ollanta Humala, aceitou nesta segunda-feira a renúncia do primeiro-ministro, César Villanueva, após a polêmica gerada por causa de suas declarações sobre o aumento do salário mínimo, informou à Agência Efe um porta-voz oficial.

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Villanueva renunciou após o ministro da Economia, Luis Miguel Castela, o contradizer publicamente ontem ao afirmar que o governo não discute um possível aumento do salário mínimo, que atualmente é de 750 sóis (R$629).

Em nota enviada aos jornalistas, a presidência anunciou que "nas próximas horas anunciará a recomposição do novo Gabinete Ministerial".

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Em declarações ao programa jornalístico "Cuarto Poder", Castela considerou que na atual conjuntura do país "não é conveniente" um aumento salarial, e assegurou que o governo viu "com surpresa a declaração do 'premier' a respeito".

"É uma medida que não é positiva, e que pode ser tomada como demagógica. O governo tomou uma decisão responsável em matéria de economia. Dentro do governo não há qualquer iniciativa a respeito", enfatizou.

Villanueva assumiu o cargo em outubro do ano passado. Na última quarta-feira, ele afirmou que seu escritório e o Ministério da Economia e Finanças (MEF) avaliavam o aumento do salário mínimo.

Na quinta-feira passada, Nadine Heredia, mulher de Humala, também disse que o tema não estava em discussão. Contudo, congressistas da oposição questionaram as declarações de Nadine, afirmando ser intromissão em assuntos do Executivo. Após as declarações de sua mulher, Villanueva afirmou na última sexta-feira que concordava com sua opinião.

"Aqui o importante é assinalar a permanente preocupação que o governo tem por todo o país, fundamentalmente pelos trabalhadores. Estamos realizando reformas para melhorar a qualidade dos serviços públicos, e a questão salarial é parte dessa política", acrescentou Villanueva.

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O Peru vive uma grande polêmica desde que o governo de Humala decretou recentemente que duplicaria o salário dos ministros e outros altos funcionários.