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Rosales: acusação de enriquecimento ilícito e 26 processos no Ministério Público | Pedro Rey/AFP
Rosales: acusação de enriquecimento ilícito e 26 processos no Ministério Público| Foto: Pedro Rey/AFP

Ameaçado de prisão na Venezuela, o líder opositor Manuel Rosales solicitou ontem asilo político em Lima, sob a alegação de estar sendo perseguido pelo governo Hugo Chávez. Em resposta, o Ministério do Interior anunciou que pedirá a sua "captura internacional’’.

A solicitação, formalizada na Chancelaria peruana, ocorreu um dia depois de Rosales ter faltado a uma audiência que julgaria um pedido de prisão do Ministério Público. Agora, o Peru deve responder o pedido em até dois meses, segundo o advogado do venezuelano em Lima, Javier Valle Riestra.

Rosales entrou no Peru como turista, já que ainda não é considerado foragido da Justiça – a audiência de ontem acabou cancelada e foi remarcada para 11 de maio.

Se o Peru, do presidente direitista Alan García, aceitar o pedido de Rosales, ele não será o primeiro opositor venezuelano a se asilar ali. O ex-governador Eduardo Lapi obteve esse status em 2006 após fugir de um presídio onde estava preventivamente por corrupção.

García é um dos presidentes mais distantes de Chávez na região, já que o venezuelano apoiou publicamente o nacionalista Ollanta Humala na eleição de 2006. Após a posse, os dois mantêm relações cordiais.

"Rosales não se entregaria à Justiça, mas a Hugo Chávez’’, disse Omar Barboza, presidente do UNT (Um Novo Tempo, centro), o partido do prefeito licenciado. "Ele só voltará quando se restabelecer o Estado de direito no país.’’

26 processos

O prefeito licenciado de Maracaibo é acusado de enriquecimento ilícito durante o período em que foi governador de Zulia (2000-08). Ele enfrenta 26 processos do Ministério Público, que o acusa de não justificar sua renda entre 2002 e 2004.

O líder oposicionista nega as irregularidades e acusa Chávez de manipular as instituições para persegui-lo.

O ministro do Interior, Tareck el Aissami, previu que em que breve haverá uma ordem de captura contra Rosales. "Se ele não se submeter aos tribunais competentes, será um foragido da Justiça e, em consequência, serão ativados os mecanismos legais para a sua captura internacional’’, afirmou, durante entrevista coletiva ontem.

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