Príncipe Harry não vai para a guerra

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O príncipe Harry não será enviado para combates no Iraque, como a família Real havia anunciado há meses, anunciaram nesta quarta-feira autoridades militares britânicas. Segundo o general Richard Dannatt, a decisão teria sido tomada para proteger não apenas o príncipe, mas o seu batalhão, uma vez que Harry é tido como alvo em potencial de ataques insurgentes.

- Após uma série de ameaças, algumas relatadas, outras não, que expunham o príncipe e aqueles ao seu redor a um risco considerado inaceitável, decidimos que Harry não será enviado ao Iraque - disse o general.

Em fevereiro, o Ministério da Defesa anunciou que o príncipe seria enviado ao Iraque junto com o seu regimento, o Blues and Royals, e acrescentou que Harry assumiria "um papel de comando normal" ao invés de um trabalho burocrático. A notícia despertou preocupações com a segurança do príncipe em meio a uma aparente escalada da violência e da tensão no Iraque. Os temores aumentaram com as mortes de 12 soldados britânicos no Iraque durante o mês de abril, um dos mais sangrentos desde o início da guerra no país.

O príncipe Harry, no entanto, sempre expressou seu desejo de ter um papel ativo no serviço militar britânico. O príncipe participou de exercícios de preparação e há relatos de que teria ameaçado deixar o Exército se não pudesse servir em um confronto.

- Ele sempre insistiu que queria servir como um oficial ativo e não ser tratado diferente por causa de seu status - disse o correspondente da BBC para a família real, Peter Hunt.

O ministério da Defesa disse, no entanto, que o envio do príncipe sempre esteve em "constante consideração".

A viagem de Harry, o terceiro na linha de sucessão para o trono britânico, estava prevista para as próximas semanas. O príncipe, de 22 anos, lideraria uma tropa de 11 soldados na realização de trabalhos de reconhecimento e coleta de inteligência usando tanques blindados.