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O príncipe Harry, terceiro na ordem de sucessão ao trono britânico, será enviado ao Iraque nos próximos meses, anunciou nesta quinta-feira o Ministério da Defesa da Grã-Bretanha. O filho do príncipe Charles e da falecida Diana de Gales vai integrar o esquadrão "A'' do regimento Azuis e Reais.

Segundo comunicado do ministro da Defesa britânico, Des Browne, o regimento de Harry partirá rumo ao Iraque em maio ou junho e poderia ficar até sete meses no país.

Harry, de 22 anos, graduou-se na Academia Militar de Sandhurst em abril de 2006 e foi qualificado como um dos líderes da tropa de reconhecimento em outubro. Ele ainda participou de um período de treinamento destinado exclusivamente aos militares que devem ser deslocados ao Iraque.

Harry será o primeiro membro destacado da Família Real britânica a servir na frente de batalha desde 1982, quando um de seus tios, o príncipe Andrew, pilotou um helicóptero na Guerra das Malvinas contra a Argentina. O bisavô de Harry, rei George VI, participou de missões na Primeira Guerra Mundial.

O príncipe sempre repetiu que, se sua unidade entrasse em confronto, ele gostaria de liderá-la. Entretanto, o envio do segundo-tenente de Gales pode ser uma grande dor de cabeça para os líderes militares, já que Harry pode se tornar um alvo para insurgentes e um imã para homens-bomba.

- Ele é um alvo atraente, mas será muito difícil saber onde Harry estará em um dado momento. Já é difícil para os terroristas atingirem qualquer patrulha das Forças Armadas, e o sul do Iraque não é Bagdá - ponderou o especialista em assuntos militares Charles Heyman.

O anúncio acontece um dia depois de o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, informar a retirada, nos próximos meses, de 1.600 dos 7.100 soldados britânicos que estão naquele país. Os militares britânicos devem continuar no país durante 2008, para missões de apoio e treinamento, se assim for o desejo do governo do Iraque.

O irmão mais velho de Harry, príncipe William, também participa do Esquadrão Azuis e Reais, mas não deve ser enviado à zona de guerra porque é o segundo na linha sucessória ao trono britânico.

Harry despertou empatia no mundo todo quando, aos 12 anos, apareceu com a cabeça curvada caminhando ao lado do caixão da princesa Diana, no funeral dela, em 1997.

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