Príncipe William está nas Malvinas para uma missão de seis semanas| Foto: John Stillwell/AFP

Repúdio

Venezuela acusa "provocação"

A Venezuela classificou como "atos de provocação" do governo do Reino Unido com a Argentina, depois de Londres ter anunciado que enviará um de seus navios de guerra mais modernos para as Malvinas, e ressaltou que Buenos Aires "não está sozinha" em sua reivindicação soberana pelas ilhas.

"A decisão de enviar um navio de guerra às Malvinas, junto com as declarações agressivas do primeiro-ministro David Cameron evidenciam uma atitude inaceitável", diz o texto.

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Protesto em Buenos Aires contra visita do príncipe William às Malvinas
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O príncipe William, neto da rainha Elizabeth II, chegou às Mal­­vinas para uma missão de seis se­­manas como piloto da Royal Air Force (RAF) britânica, o que foi considerado pela Argentina co­­mo um "ato de provocação", em meio a uma escalada da tensão bilateral pela soberania do arquipélago.

A missão, anunciada ontem pelo Ministério da Defesa, começa exatamente dois meses antes do 30.º aniversário do início da guerra entre os dois países pela posse das ilhas. A missão faz parte do trabalho e da carreira do príncipe, de 29 anos, como piloto de busca e resgate da RAF.

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O governo da presidente ar­­gentina, Cristina Kirchner, emitiu um comunicado lamentando que "o herdeiro real chegue a solo pátrio com o uniforme de conquistador e não com a sabedoria do estadista que trabalha a serviço da paz e do diálogo entre as nações".

A chegada de William às Mal­­vinas corre o risco de aprofundar ainda mais a escalada verbal mantida por Londres e Buenos Aires desde a decisão do Mercosul de proibir em dezembro a entrada em seus portos de navios com bandeira do arquipélago, em solidariedade à reivindicação argentina. Ontem houve protestos em Buenos Aires contra a visita.

"Militarização"

O anúncio no início da semana de que o Reino Unido enviará em breve um moderno destroyer às Malvinas para substituir a fragata que patrulha atualmente a re­­gião alimentou a tensão e foi de­­nunciado por Buenos Aires co­­mo uma tentativa de "militarizar o conflito".

A Argentina exige a abertura de negociações bilaterais sobre a soberania das ilhas, sob dominação britânica desde 1833, em cumprimento do que a ONU pede desde 1965, mas Londres insiste no direito de autodeterminação dos cerca de 3 mil habitantes da ilha, que se sentem majoritariamente britânicos. Com esta missão, William segue os passos de seu tio Andrew, que pilotou helicópteros de busca e resgate du­­rante a guerra das Malvinas.

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O conflito de 74 dias, que começou em 2 de abril de 1982, custou a vida de 255 britânicos e 649 argentinos e terminou em 14 de junho com a rendição das tropas da nação sul-americana.