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O prisioneiro palestino Maysara Abu Hamdeya, 64, morreu na manhã desta segunda-feira (1º) em Israel. Condenado à prisão perpétua pela tentativa de explodir um café israelense, ele tinha câncer no esôfago. Após a morte, prisioneiros iniciaram manifestações e foram contidos por agentes penitenciários israelenses, que utilizaram gás lacrimogêneo. Três prisioneiros e seis guardas tiveram de ser tratados após a inalação do gás.

A questão dos prisioneiros palestinos tem estado em foco, e sob tensão, recentemente. Muitos são considerados heróis pela população. O câncer de Hamdeya havia sido diagnosticado como terminal, e havia um processo para a soltura antecipada. "O governo de Israel, em sua intransigência e arrogância, se recusou a responder aos esforços palestinos para salvar a vida do prisioneiro", afirmou ontem Mahmud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, em Ramallah.

Ofir Gendelman, um porta-voz do premiê Binyamin Netanyahu, afirmou no Twitter que prisioneiros palestinos em Israel "recebem excelente atenção médica e são visitados pela Cruz Vermelha, enquanto detentos nas prisões da Autoridade Palestina não recebem nada".Hamdeya é o segundo prisioneiro palestino a morrer sob custódia de Israel, neste ano. Em fevereiro, Arafat Jaradat, 30, morreu após um interrogatório.

Autoridades palestinas afirmam que ele foi torturado, e Israel nega. Além das manifestações nas penitenciárias, houve protestos na Cisjordânia. Em Hebron, cidade-natal de Hamdeya, homens mascarados arremessaram pedras contra soldados israelenses.

Prisioneiros palestinos em Israel anunciaram, também, que farão greve de fome por três dias como manifestação após a morte de Hamdeya.

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