A prisão de 172 militantes suspeitos de terem laços com a Al Qaeda não termina com a ameaça da rede terrorista na Arábia Saudita, disse o ministro do Interior, segundo um jornal local neste sábado.
O príncipe Nayef disse ao jornal al-Riyadh que um saudita estava preso sob suspeita de liderar um das sete células que foram desmanteladas, frustrando um plano para atacar instalações petrolíferas e bases militares.
"Não podemos dizer que terminamos com estes rebeldes", disse o príncipe Nayef. "Mas os esforços continuarão. Os olhos ... estão bem abertos e os esforços estão a caminho para purificar nosso país de todos os males", acrescentou.
O Ministério do Interior disse na sexta-feira ter frustrado uma conspiração ligada à Al Qaeda para atacar instalações de petróleo, bases militares e figuras públicas na Arábia Saudita, aliado do ocidente, e 172 pessoas foram presas, incluindo alguns que foram treinados para usar aviões como armas para ataques suicidas.
Fontes de segurança disseram que havia pessoas envolvidas do Iêmen, Nigéria e outro países. A polícia também apreendeu armas, computadores e o equivalente a mais de 5 milhões de dólares em dinheiro.
Militantes islâmicos que juraram lealdade à Al Qaeda, lançaram uma campanha violenta em 2003 para derrubar a monarquia saudita, aliada dos Estados Unidos, realizando ataques suicidas a instalações estrangeiras e do governo, incluindo a indústria petrolífera.
CETISCISMO
Thomas Hegghammer, pesquisador norueguês de contraterrorismo, disse que os homens foram presos durante um período de nove meses e não pareciam estar envolvidos em uma ameaça focada na Arábia Saudita.
"Eu não vejo isso como uma grande conspiração ... Esses caras foram presos em um período de nove meses, e suspeito que eles são de muitos grupos diferentes, envolvidos em várias atividades", disse o pesquisador.
A Arábia Saudita é o maior exportador mundial de petróleo, fornecendo cerca de 7 milhões de barris por dia a mercados de todo o mundo. O país tem cerca de um quarto das reservas mundiais da commodity.
A maioria dos 19 militantes da Al Qaeda que comandaram os aviões sequestrados durante os ataques de 11 de setembro de 2001 aos EUA eram sauditas.
A Arábia Saudita, local de nascimento do islamismo e casa de locais sagrados da religião, alertou embaixadas estrangeiras no mês passado de que o grupo culpado pelas mortes de quatro franceses em fevereiro poderia atacar novamente.
Autoridades disseram que cerca de 144 estrangeiros e sauditas, incluindo forças de segurança, e 120 militantes morreram em ataques e confrontos com a polícia desde maio de 2003, quando militantes da Al Qaeda atingiram três complexos de habitação em Riad.
(Por Andrew Hammond)
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