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O líder da centro-esquerda italiana, Romano Prodi, declarou na terça-feira que tem o direito de se tornar o próximo primeiro-ministro do país, após sua coalizão ter conquistado uma apertada vitória nas eleições parlamentares. No entanto, apoiadores do atual premier italiano, Silvio Berlusconi, pedem uma recontagem dos votos.

Embora os resultados finais dependam dos votos dos italianos morando no exterior, a aliança de centro-esquerda já anunciou que estas cédulas dão a Prodi uma pequena vantagem no Senado.

- Hoje estamos virando a página, deixando para trás esta longa e difícil campanha e devemos começar imediatamente a nos recuperar do que aconteceu - disse Prodi, numa coletiva de imprensa na qual declarou que será o próximo primeiro-ministro italiano, segundo a rede americana CNN.

Entretanto, a aliança de centro-direita de Berlusconi está reivindicando uma nova contagem dos votos na Câmara - onde seu adversário obteve 340 das 630 cadeiras com uma pequena margem de 25 mil votos. O impasse político ainda pode durar semanas.

Segundo a lei eleitoral italiana, uma coalizão precisa conquistar maioria tanto na Câmara quanto Senado para poder formar o novo governo.

De acordo com dados da contagem oficial divulgados nesta terça-feira pelo Ministério do Interior, a União, aliança liderada por Prodi, ganhou a maioria da Câmara dos Deputados. A coalizão de centro-esquerda venceu com 19.001.684 de votos (49,80%), contra 18.976.460 (49,37%) obtidos pela Casa das Liberdades, de Berlusconi.

A aliança de centro-direita rejeitou o resultadoe exigiu a verificação escrupulosa dos votos da Câmara.

- Rejeitamos que a centro-esquerda de Romano Prodi tenha vencido as eleições - afirmou Paolo Boaniuti, porta-voz do líder conservador Berlusconi, ao ler um comunicado da coalizão - Na Câmara dos Deputados nenhuma das coalizões superou os 50% e houve uma diferença inferior a 25 mil votos. Essa diferença tão reduzida exige uma escrupulosa verificação da recontagem dos votos e das atas.

No Senado, concluída a apuração de todos os votos, a coalizão de Berlusconi foi a mais votada, informou o Ministério do Interior. Segundo Bonaiuti, a vitória foi por uma diferença de 350 mil votos. Os conservadores conquistaram 155 cadeiras, contra 154 da aliança de Prodi.

A contagem dos votos no Senado, que tem 315 assentos em disputa, não leva em conta, no entanto, os seis assentos reservados a italianos que moram no exterior. A centro-esquerda diz ter conquistado quatro dessas vagas.

Segundo a rede de televisão italiana Sky, a coalizão de centro-esquerda se projetava como vencedora no Senado, com uma pequena maioria, depois da contagem da maior parte dos votos do exterior. Os resultados parciais mostram que a coalizão liderada por Romano Prodi ganharia ao menos quatro das seis vagas restantes na projeção feita a partir de dados do Ministério do Interior.

De acordo com esses dados, a centro-esquerda teria um total de 158 senadores contra os 156 que obteria a centro-direita de Silvio Berlusconi.

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