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Foi preso nesta quinta-feira (27) em Los Angeles o produtor do filme "Inocência dos Muçulmanos", apontado como estopim de uma onda de protestos iniciada em 11 de setembro que já atingiu mais de 20 países muçulmanos e deixou dezenas de mortos.

Nakoula Basseley Nakoula, 55, um cristão egípcio, é acusado de ter violado os termos de sua condicional ao participar do filme. Ele foi condenado por fraude bancária e deixou a cadeia em 2011 sob diversas condições, inclusive uma que o proibia de acessar a internet sem a permissão de um oficial de justiça. Ele deverá ter uma audiência com um juiz ainda nesta quinta para determinar se pode ser liberado sob fiança.

Por enquanto, o filme teve apenas o trailer, com 14 minutos de duração, publicado no site YouTube. Nele, o profeta Maomé aparece como mulherengo e ambicioso, enquanto o islã é retratado como violento. Para muitos muçulmanos, a mera representação do profeta é ofensiva. Os protestos supostamente detonados pelo vídeo envolvem, entre outros episódios, o ataque ao Consulado dos EUA em Benghazi (Líbia) que deixou quatro americanos mortos, entre eles o embaixador Chris Stevens. Por causa da violência, o Departamento de Estado americano já havia solicitado ao Google, controlador do YouTube, que as imagens fossem tiradas do ar, mas teve o pedido negado. Na terça-feira, em discurso à 67ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York, o presidente Barack Obama disse que a resposta para a liberdade de expressão não é repressão, mas "mais liberdade de expressão". Ele disse ainda que considera o vídeo "nojento", mas que não pode ser utilizado como justificativa para atos de violência.

"Nenhum discurso justifica violência impensada. Não há palavras que isentem a matança de inocentes. Não há vídeo que justifique um ataque a uma embaixada."

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