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Torrealba terá o desafio de conduzir a Mesa da Unidade Democrática (MUD) até as eleições legislativas de 2015 | REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Torrealba terá o desafio de conduzir a Mesa da Unidade Democrática (MUD) até as eleições legislativas de 2015| Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins

A coalizão de partidos opositores ao governo venezuelano oficializou nesta quarta-feira a escolha do jornalista e professor Jesus Torrealba, 56, como seu novo chefe.

Torrealba terá o desafio de conduzir a Mesa da Unidade Democrática (MUD) até as eleições legislativas de 2015, nas quais a oposição tentará enfraquecer o domínio da bancada aliada ao presidente esquerdista Nicolás Maduro.

"Esta decisão foi unânime de todos os partidos que integram a unidade. Estamos remando na mesma direção", disse Torrealba no discurso em que aceitou a nomeação da MUD.

O cargo de secretário-executivo da MUD estava vago havia dois meses, quando Ramon Guillermo Aveledo renunciou em meio a disputas que vêm rachando a oposição desde os protestos antigoverno de fevereiro.

Grupos contrários ao projeto bolivariano -implantado pelo então presidente Hugo Chávez em 1999 e perpetuado por Maduro- defendem estratégias opostas.

De um lado estão partidários do radicalismo, como Leopoldo López - preso desde fevereiro - e a deputada cassada Maria Corina Machado, que pregam a continuação das resistência nas ruas, embora manifestações já tenham deixado mais de 40 mortos.

Do outro estão pragmáticos, como o governador do Estado de Miranda, Henrique Capriles, favoráveis a uma disputa política no âmbito institucional.

Torrealba já convocou protestos para o dia 4 de outubro, numa aparente tentativa de ressuscitar a mobilização popular contra a espiral de problemas que afetam a vida dos venezuelanos, incluindo inflação de 60%, alta criminalidade e escassez de produtos de consumo e medicamentos.

Pesquisas recentes indicam que dois terços da população têm visão negativa do governo, mas analistas afirmam que a oposição não conseguiu até agora capitalizar essa insatisfação.

O perfil de Torrealba, filho de sindicalistas e ex-militante comunista, é uma aposta da direita para tentar se desvincular da imagem de elitista e alienada.

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