Um professora de ciência da computação de 28 anos foi identificada por familiares como a segunda mulher-bomba que matou dezenas de pessoas no metrô de Moscou há uma semana, informou um jornal neste domingo.
Rasul Magomedov reconheceu a filha Maryam, que estava desaparecida, após ver fotos dos restos da mulher-bomba até então não identificada, afirmou o site novayagazeta.ru.
Mais de 50 pessoas foram mortas em ataques suicidas na Rússia na semana passada. Os dois ataques no metrô de Moscou foram realizados por mulheres-bomba que a mídia russa chamou de "viúvas negras". As outras mortes aconteceram em uma cidade na região de Daguestão, no turbulento norte do Cáucaso.
Temores de uma nova onda de ataques a regiões-chave da Rússia aumentaram após um ataque duplo em uma linha férrea no domingo que, segundo forças de segurança, tem ligações com os recentes atentados.
"Minha mulher e eu reconhecemos imediatamente nossa filha Maryam. Quando minha mulher viu a nossa filha pela última vez, ela estava usando o mesmo lenço vermelho que está nas fotos", disse Magomedov, um professor da vila de Blakhany, no Daguestão, à Novaya Gazeta.
Magomedov disse que a filha se graduou em matemática e psicologia na Universidade Pedagógica do Daguestão em 2005. Ele voltou para a vila e lecionou ciência da computação em uma escola local.
"Gostaria muito de que a investigação desvendasse o retrato verdadeiro do que aconteceu. Não podemos sequer sugerir como Maryam poderia chegar a Moscou. Sim, ela era religiosa. Mas ela nunca expressou nenhuma crença radical", disse ele.
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