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Gaza (AFP) – Dois professores estrangeiros – um holandês e um australiano – foram libertados ontem depois de passarem oito horas nas mãos de seqüestradores armados em Gaza. Eles seguiram do cativeiro direto para a sede da Autoridade Palestina (AP).

"Gozamos de boa saúde e não fomos agredidos", declarou à imprensa o holandês Hendrik Taatgen, diretor da American International School, subvencionada parcialmente por recursos americanos e localizada em Beit Lahiya, ao norte da Faixa de Gaza. "(Os seqüestradores) ficaram surpresos ao saber quem nós éramos. Acho que procuravam americanos", acrescentou.

Um grupo surgido da Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP) havia assumido em comunicado o seqüestro dos dois professores – Hendrik Taatgen e o australiano Brian Ambrosio. No texto, o grupo Wadie Haddad afirma que seqüestrou os dois professores para protestar contra a prisão do chefe da FPLP Ahmed Saadat.

"A detenção do secretário-geral da FPLP e de seus companheiros na prisão de triste memória de Jericó é uma farsa que não pode continuar", acrescenta o texto. Afirma também que a captura dos dois estrangeiros é uma mensagem dirigida "primeiramente à Autoridade Palestina e, depois, ao inimigo americano-britânico-sionista".

Acusado por Israel de envolvimento no assassinato do ministro israelense de Turismo, Rehavam Zeevi, por um comando da FPLP em outubro de 2001, Saadat e cinco outros integrantes da FPLP estão detidos sob supervisão americano-britânica em Jericó (Cisjordânia) desde agosto de 2002.

O presidente do Conselho de Administração da escola em que os dois professores trabalham, Iyyad Al-Sarraj, condenou com firmeza o seqüestro. "Protestamos contra este ato estranho a nosso povo e à nossa Autoridade", declarou, apelando à AP para "garantir a segurança" nos territórios.

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