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Bombeiro combate o fogo no sul do Chile; maioria dos focos de incêndio já foram controlados | Alejandro Zoñes/AFP Photo
Bombeiro combate o fogo no sul do Chile; maioria dos focos de incêndio já foram controlados| Foto: Alejandro Zoñes/AFP Photo

A maioria dos focos de incêndio florestal no sul do Chile, que devastou 45 mil hectares, estava controlada nesta quarta-feira (04), ao mesmo tempo em que um promotor foi designado para investigar a intencionalidade em alguns dos casos.

Nas últimas horas, o rápido avanço do fogo parou e a maioria dos 20 focos que continuavam ativos pôde ser controlada, especialmente na região mais afetada, a comuna de Quillón, na região de Biobío, 500 km ao sul de Santiago, segundo os bombeiros.

"Há menos focos. Podemos dizer que os últimos cinco focos que estavam mais difíceis foram controlados e estamos em um processo de continuar sufocando" os demais, disse o comandante dos bombeiros de Quillón, René Garrido, a meios de comunicação locais.

No momento mais crítico nesta comuna, oito focos ativos foram registrados. Um deles consumiu a casa de um homem de 75 anos, morto após se negar a deixar a residência na madrugada de domingo.

As chamas foram controladas devido ao trabalho nas últimas horas de aviões e helicópteros tanque, que permitiram chegar aos setores mais altos, aonde era impossível chegar até este momento pelos bombeiros, explicou Garrido.

Após o controle do fogo, os brigadistas trabalhavam para repassar os focos controlados para evitar novas chamas, que poderiam ser propagadas por uma incomum onda de calor, seca e ventos intensos.

Nesta região, as autoridades registraram 24.800 hectares arrasados, enquanto mais de 600 pessoas foram afetadas e 160 casas, queimadas.

Enquanto isso, em Maule, 400 km ao sul de Santiago, os dois focos de incêndio na localidade de Cauquenes estavam "controlados", segundo o diretor regional do Serviço Nacional de Emergência (Onemi, na sigla em espanhol), Carlos Bernales, à emissora Rádio Cooperativa.

O fogo na região havia devastado 6.605 hectares, afetou mais de 200 famílias e destruindo 30 residências.

A maioria dos focos estava controlada também no Parque Nacional Torres del Paine, na Patagônia chilena, 3.000 km ao sul de Santiago, onde o fogo começou há uma semana, consumindo 14.504 hectares.

O parque, com 230.000 hectares de extensão e visitado anualmente por milhares de turistas, foi reaberto ao público parcialmente nesta quarta-feira.

Enquanto isso, foi indicado um promotor especial para investigar a intencionalidade no início dos incêndios na região de Biobío.

As suspeitas até agora apontam para o início simultâneo de oito focos nos arredores de uma das fábricas de painéis da Celulosa Arauco, uma das maiores produtoras mundiais de celulose, que ficou totalmente queimada.

A investigação ficou a cargo do promotor-chefe de Biobío, Julio Contardo.

Enquanto isso, a polícia deteve nas últimas horas um homem acusado de ser o responsável pelo incêndio florestal que devastou sete hectares na comuna de Tomé, também na região de Biobío, mas em um incidente diferente do de Quillón.

Segundo meios de comunicação locais, o acusado teria confessado sua responsabilidade, após manipular um fogo de artifício durante as festividades do Ano Novo.

Quanto ao incêndio no Torres del Paine, o cidadão israelense Rotem Singer, de 23 anos, foi acusado como responsável por iniciar o fogo, agindo de forma negligente ao apagar um papel higiênico, embora ele tenha negado as acusações.

Enquanto durar a investigação, o jovem não poderá deixar o país. Pela acusação, corre o risco de ser condenado a uma pena máxima de 60 dias de prisão e multa de 300 dólares.

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