O jornalista saudita Jamal Khashoggi, assassinado na embaixada da Arábia Saudita em Istambul, Turquia| Foto: MOHAMMED AL-SHAIKH / AFP

Onze pessoas acusadas pela Arábia Saudita de envolvimento no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi participaram de sua primeira audiência nesta quinta-feira (3) na capital Riad, de acordo com uma declaração do promotor geral do país que foi divulgada pela agência de notícias estatal Saudi Press. 

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A declaração, que não identificou os suspeitos, disse que os promotores planejam buscar a pena de morte para cinco deles. Os advogados dos réus participaram da audiência, acrescentou o comunicado. 

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Khashoggi, um colaborador do The Washington Post que escreveu colunas criticando a liderança saudita de seu exílio voluntário nos Estados Unidos, foi morto no consulado saudita em Istambul em 2 de outubro. Autoridades sauditas e turcas disseram que os autores eram membros de uma equipe de 15 agentes do governo saudita que foram enviados para a Turquia e que o corpo de Khashoggi foi desmembrado depois que ele foi morto. 

O governo saudita ofereceu explicações variáveis sobre o que ocorreu no consulado, depois de inicialmente negar qualquer conhecimento sobre o destino de Khashoggi. Em novembro, promotores sauditas disseram que dois altos oficiais sauditas haviam ordenado uma operação para trazer Khashoggi de volta à Arábia Saudita vivo, usando persuasão ou força. 

A equipe enviada a Istambul desobedeceu essas ordens e o matou, disseram os promotores. 

A declaração que resume a audiência na quinta-feira não oferece muitos detalhes, exceto para dizer que os réus pediram uma cópia da acusação, bem como “tempo adicional para responder”, que foi concedida, de acordo com a declaração. O comunicado não responde a algumas das perguntas mais urgentes em torno do julgamento, incluindo se algum alto funcionário saudita estava sendo processado. 

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Nos três meses desde a morte de Khashoggi, autoridades turcas acusaram repetidamente o governo saudita de obstruir a investigação, retendo detalhes importantes, incluindo a localização dos restos do jornalista. A declaração dos promotores de quinta-feira afirmou que a Turquia não respondeu aos pedidos da Arábia Saudita para obter provas no caso.