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Policiais e manifestantes se enfrentam em frente ao Senado de Roma | Massimo Percossi/Efe
Policiais e manifestantes se enfrentam em frente ao Senado de Roma| Foto: Massimo Percossi/Efe

Várias dezenas de pessoas, principalmente desempregados e jovens, se manifestaram nesta quarta-feira (3) em Roma contra a nova reforma trabalhista e tentaram cercar o Senado em um protesto que terminou com vários feridos e detidos.

Os distúrbios entre policiais e manifestantes tiveram origem na praça de Largo Argentina, onde foram lançados ovos nos carros dos policiais que bloqueavam as ruas adjacentes ao Senado, onde a lei, conhecida como "Jobs Act", era debatida.

Essas ruas permanecem sob vigilância de um helicóptero que sobrevoava a cidade e de carros policiais, embora o trânsito já tivesse sido restabelecido. A polícia informou que "não sabe precisar o número de detidos" porque "a operação segue ativa".

Quanto aos feridos, o jornal La Repubblica informa em seu site que o total foi de 15, entre eles "estudantes com a cara ensanguentada".

Os manifestantes, alguns dos quais eram membros do sindicato USI (Unione Sindacale Italiana) e da Cobas (Confederazione dei Comitati di Base), levaram cartazes e gritaram palavras de ordem contra o "Jobs Act" e diziam levar "as vozes e a raiva dos cidadãos que não se submetem a uma ditadura financeira".

Segundo a Cobas, os participantes do protesto se reuniram durante a manhã na basílica de Sant'Andrea della Vale, desde onde se dirigiram ao Senado com o objetivo de cercá-lo, sem conseguir.

A "Jobs Act", aprovada pela Câmara e em trâmite no Senado, é uma das pedras angulares do programa do primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, com a qual pretende incentivar o emprego e ajudar a Itália a sair da recessão na qual está imersa.

O acordo prevê uma proteção gradual dos trabalhadores, pela qual só com o tempo de trabalho poderão obter alguns direitos, entre eles poder ser readmitido em caso de demissão.

Tal fato implicaria em uma modificação da legislação italiana atual, o que provocou o protesto dos sindicatos e a convocação de uma greve geral em todo o país para o próximo dia 12.

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