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Trabalhadores franceses fazem uma barricada para bloquear a entrada do depósito perto de uma refinaria de petróleo nesta sexta-feira | Reuters
Trabalhadores franceses fazem uma barricada para bloquear a entrada do depósito perto de uma refinaria de petróleo nesta sexta-feira| Foto: Reuters

Paris - Trabalhadores de uma refinaria de petróleo em greve fecharam um oleoduto de combustível que abastece Paris e seus aeroportos na sexta-feira. Além disso, enquanto aumentam os protestos na França contra uma impopular reforma da previdência, os aeroportuários provocaram o cancelamento de alguns voos.

A agência que opera os aeroportos franceses minimizou as preocupações com escassez de combustível, mas as paralisações em todas as 12 refinarias do país e os bloqueios a depósitos de combustível levaram os motoristas a estocar gasolina.

Motoristas de caminhão também devem se unir ao movimento, enquanto os franceses se preparam para um dia de manifestações de rua no sábado.

Os protestos cada vez maiores se tornaram o maior desafio do presidente Nicolas Sarkozy, que enfrenta dificuldades com os baixos índices de popularidade à medida que tenta acalmar os mercados financeiros com a reforma da previdência.

"Este movimento está profundamente enraizado no país", disse o líder sindical da CGT Bernard Thibault à televisão LCI. "O governo aposta na deterioração desse movimento, até mesmo em sua cisão. Acho que temos os meios para desapontá-los."

A polícia rompeu os bloqueios aos depósitos de combustível no sul da França, mas a Air France foi forçada a cancelar alguns voos que decolariam em Paris, pois os trabalhadores das pistas do aeroporto de Orly cruzaram os braços.

Uma greve nacional que poderá atingir indústrias diversas está planejada para terça-feira, um dia antes da data prevista para o Senado votar um projeto de lei para fazer as pessoas trabalharem por mais tempo para obter suas aposentadorias.

O principal sindicato de motoristas de caminhão da França convocou os trabalhadores do setor a se unirem à greve na terça-feira, embora eles talvez não sejam capazes de usar os veículos das empresas que trabalham nos bloqueios das estradas.

"Estamos abastecendo nos postos de gasolina o máximo possível, a fim de economizar o máximo o combustível que temos nos depósitos", disse um caminhoneiro no subúrbio de Rungis, no sul de Paris.

"Mas, se isso continuar, também não conseguiremos durar muito. Teremos de ir pescar."

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