No Cairo, apoiadores da Irmandade Muçulmana se aglomeram em frente ao Palácio Qubba| Foto: REUTERS / Mohamed Abd El Ghany

Uma pessoa morreu nesta sexta-feira (11) em confrontos durante protestos no Egito, informou a agência de notícias estatal Mena. Islâmicos continuam a realizar manifestações contra o governo apoiado pelo Exército em várias cidades do país.

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A agência citou um serviço de ambulância dizendo que a morte ocorreu na província de Sharqia, no Delta do Nilo.

No Sinai, ao menos nove soldados egípcios ficaram feridos após explosivos serem detonados na passagem de seus veículos em Rafah, cidade da fronteira entre o Sinai e a Faixa de Gaza, informaram testemunhas, segundo fontes de segurança.

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No Cairo, apoiadores da Irmandade Muçulmana se aglomeram em frente ao Palácio Qubba.

Já em Alexandria, a polícia do Egito usou gás lacrimogêneo para pôr fim a confrontos entre partidários e opositores do presidente deposto Mohamed Mursi, informaram fontes de segurança.

De acordo com fontes do setor de segurança, milhares de seguidores de Mursi protestaram na capital, Cairo, em Alexandria, segunda maior cidade do país, e outras localidades no litoral e no Delta do Nilo.

"Em Alexandria irromperam confrontos entre manifestantes pró-Mursi e moradores que se opõem a ele", disse uma das fontes, que pediu para não ser identificada.

"Eles ficaram incomodados com o protesto, o qual incluía cânticos contra o Exército, o que levou as forças de segurança a lançar gás lacrimogêneo para dispersar a multidão", acrescentou.

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Houve ainda pequenos enfrentamentos na cidade litorânea de Damietta, onde um partidário de Mursi ficou ferido.

Ataques

As explosões em Rafah ocorreram durante uma operação militar na cidade, de acordo com testemunhas.

O Exército realiza com regularidade operações em Rafah para destruir os túneis de contrabando entre Egito e a Faixa de Gaza, e com maior amplitude no norte da península do Sinai para perseguir grupos islamitas armados.

Os ataques destes grupos contra as forças de ordem aumentaram em julho, após a queda do presidente Mursi, e se intensificaram ainda mais desde a repressão sangrenta em agosto contra seus partidários.

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Ontem, quatro soldados e um policial morreram em um atentado suicida perto de Al-Arich, principal cidade do norte do Sinai.

Turbulência

O Egito mergulhou num período de turbulência depois que os militares destituíram Mursi, em 3 de julho, após manifestações de massa contra seu governo, uma medida que levou o movimento Irmandade Muçulmana, do qual ele faz parte, a organizar protestos diários em cidades de todo o país.

Em 14 de agosto, as forças de segurança egípcia investiram contra duas grandes manifestações de seguidores de Mursi, no Cairo, e mataram centenas de civis.

Depois disso, o governo, apoiado pelo Exército, declarou estado de emergência e impôs toque de recolher. Milhares de membros da Irmandade, incluindo o próprio Mursi, estão presos.

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Protestos em várias cidades do país no último domingo deixaram 57 mortos e 391 feridos segundo o Ministério da Saúde.

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