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O protesto mundial convocado para este sábado sob o lema "United for globalchange" (Unidos por uma mudança global) teve repercussão significativa em países da Ásia e Oceania, tanto nas ruas como nas redes sociais, contestando o sistema financeiro capitalista.

As manifestações tiveram destaque em países como Austrália, Nova Zelândia e Japão, marcadas pelo clima pacífico e festivo, mas foram barradas em Cingapura, onde raramente o Governo autoriza protestos, enquanto sequer houve tentativas na China continental, país não incluído pelos organizadores do movimento.

A variedade de lemas e a diversidade de organizações que expressaram apoio à convocação de passeatas em 951 cidades de 82 países não mobilizaram massas de cidadãos em regiões asiáticas, mas conseguiram emplacar o protesto entre os trending topics (assuntos mais comentados) no microblog Twitter.

"Sydney está ocupada! A assembleia geral decidiu ficar em Martin Place", dizia uma mensagem divulgada na internet pelo movimento "Occupy Sydney", referindo-se à rua em frente à sede do Banco da Reserva da Austrália, no coração financeiro da cidade.

Cerca de 200 manifestantes das várias centenas que participaram do protesto permaneciam no local para pernoitar por "tempo indefinido", disse à Agência Efe um porta-voz do movimento, Josh L.

Em Melbourne e outras cidades do país como Adelaide, Perth, Townsville, Brisbane e Byron Bay também houve manifestações.

Na Nova Zelândia, cerca de 500 manifestantes protestaram em Wellington e Auckland, segundo a "Radio New Zealand", que não indicou a quantidade de manifestantes em outras localidades Dunedin e New Plymouth.

Em Tóquio, cerca de 100 manifestantes percorreram debaixo de chuva o centro da cidade sob o lema "Ocuppy Tokyo" até chegar ao parque de Hibiya, informa a agência de notícias "Kyodo".

Os manifestantes passaram também pela sede da Tokyo Electric Power Company (Tepco), operadora da usina atômica de Fukushima Daiichi, epicentro da catástrofe nuclear de 11 de março.

As capitais das Filipinas e Indonésia também se somaram ao movimento. Cerca de 100 filipinos marcharam pelo centro de Manila para protestar contra o "imperialismo" dos Estados Unidos.

Organizados pelo grupo de esquerda Bayan, os filipinos se manifestaram em frente à embaixada americana para criticar as bases dos EUA nas Filipinas e as guerras financiadas por Washington.

"EUA imperialistas, terroristas econômicos" e "Solidariedade de ação com Occupy Wall Street" eram algumas das mensagens que podiam ser lidas nos cartazes dos manifestantes.

Em Jacarta, cerca de 20 manifestantes com máscaras se concentraram perto da missão diplomática dos Estados Unidos para criticar os abusos de Washington.

"Queríamos mostrar que o regime americano, seu sistema imperialista, deve ser destruído", afirmou Rudi Daman, líder do grupo Liga Internacional da Luta Popular, que pediu a luta contra o "saque imperialista, a repressão e a guerra".

Apesar da falta de protestos na China continental, centenas de pessoas se manifestaram nos distritos financeiros de Taipé, capital da ilha de Taiwan, e da ex-colônia britânica de Hong Kong.

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