Em Lisboa, manifestante exibe uma montagem que mostra o primeiro-ministro português Passos Coelho detido, uma forma de protestar contra os altos índices de desemprego no país| Foto: Rafael Marchante/Reuters

Portugal

Os trabalhadores portugueses celebraram o 1º de Maio com novos protestos pela alta de impostos anunciada pelo governo para o período posterior ao programa do resgate internacional. A Confederação Geral de Trabalhadores Portugueses (CGTP), denunciou que as novas medidas colocam em risco os direitos trabalhistas e salariais.

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Espanha

Os líderes dos dois principais sindicatos da Espanha pediram ontem ao governo do país que mude sua política econômica e abandone a austeridade. Os sindicalistas fizeram discursos nos quais classificaram de "propaganda" a recuperação econômica proclamada pelo governo. O desemprego atinge cerca de 26% da população ativa.

Cuba sem reivindicações

Cuba comemorou outro 1º de Maio com grandes manifestações, de maneira festiva e sem reivindicações trabalhistas. Entre os frequentes pedidos estavam elevar a eficiência econômica. Também houve críticas aos Estados Unidos e mensagens de apoio ao governo da Venezuela e ao seu presidente, Nicolás Maduro.

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França contra o ajuste

Os principais sindicatos franceses protestaram contra o plano de ajuste apresentado pelo governo, em um dia em que a líder da ultradireitista Frente Nacional, Marine le Pen, atacou a União Europeia. A marcha em Paris contou com a participação de 65 mil pessoas, enquanto em todo o país 210 mil saíram às ruas.

Inglaterra homenageia

Com o lema "Não lamente, organize!", o sindicato de transporte RMT e o comitê May Day organizaram uma manifestação em Londres para lutar contra as "medidas de austeridade" e homenagear o ex-secretário geral do RMT, Bob Crow, e o ex-ministro trabalhista Tony Benn, mortos no mês passado.

Istambul, Turquia: manifestantes enfrentaram a polícia
Caracas, Venezuela: protestos contra o governo Maduro
Berlim, Alemanha: polícia tenta evitar atos de violência
Santiago, Chile: manifestantes anarquistas e governistas entraram em conflito
La Paz, Bolívia: mulheres reivindicaram melhores salários e condições de trabalho

Protestos, atos políticos e confrontos com forças de segurança marcaram o Dia do Trabalho pelo mundo. Na Turquia e na Itália houve detenções e registro de feridos após as manifestações. Já na Rússia e na Venezuela, a crise política deu o tom das atividades. Em muitos países, os trabalhadores levaram às ruas a insatisfação com a crise econômica e o desemprego.

Os incidentes mais graves foram registrados em Istambul, na Turquia, onde pelo menos 139 pessoas foram detidas e outras 58 ficaram feridas em choques com a polícia. Vários sindicatos tentaram se manifestar na emblemática Praça Taksim, que tinha sido fechada previamente pelas autoridades.

Houve enfrentamentos também em Turim, na Itália, que terminaram com três detidos e sete policiais feridos, segundo a imprensa oficial. As manifestações criticaram a crise econômica e lembraram o jovem Federico Aldrovandi, morto em 2005 em Ferrara, no centro da Itália, supostamente por quatro policiais.

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Milhares de pessoas se manifestaram também em diversas cidades alemãs, como Dortmund, Plauen, Rostock e Duisburg, a fim de tentar impedir os tradicionais atos convocados por grupos e partidos de extrema-direita por causa do 1.º de Maio. Segundo a imprensa local, algumas concentrações derivaram em confrontos violentos com a polícia.

Cerca de 100 mil pessoas se manifestaram na Praça Vermelha de Moscou e lembraram a crise com a vizinha Ucrânia. O presidente da Federação de sindicatos independentes da Rússia, Mikhail Shmakov, afirmou que os trabalhadores querem uma solução pacífica para a crise.

Em Caracas, na Venezuela, trabalhadores governistas e opositores se reuniram em seus respectivos pontos de encontro para marchar e manifestar apoio ou descontentamento com o governo.

1º de maio pelo mundo