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Manifestante palestino segura bandeira durante protesto na fronteira entre Israel e Gaza | MOHAMMED ABED/AFP
Manifestante palestino segura bandeira durante protesto na fronteira entre Israel e Gaza| Foto: MOHAMMED ABED/AFP

Soldados israelenses dispararam bombas de gás lacrimogêneo e tiros com armas de fogo contra palestinos que participavam de um protesto na fronteira da faixa de Gaza nesta sexta-feira (8), deixando ao menos 386 pessoas feridas, segundo autoridades de saúde. Segundo o jornal israelense Haaretz, quatro pessoas teriam morrido.

 O Exército de Israel afirmou que tomou as medidas necessárias para dispersar os cerca de 10 mil palestinos que participavam do ato e impedir que eles cruzassem a cerca que demarca a fronteira. Militares disseram que os manifestantes jogaram granadas, explosivos improvisados e pedras em direção aos soldados, pneus foram queimados. Dezenas de pipas incendiárias e balões foram lançadas em direção ao território israelense, causando incêndios, aponta o jornal Times of Israel. 

 A região vive uma onda de violência desde 30 de março, quando começaram os protestos pelos 70 anos de fundação de Israel. Ao menos 120 palestinos morreram neste período e milhares ficaram feridos, segundo as autoridades de Gaza. 

Leia mais: Maioria dos mortos no confronto em Gaza era membro do Hamas

 Os palestinos acusam os militares de abrirem fogo contra a população civil e de matarem manifestantes indiscriminadamente. Já Tel Aviv diz que está apenas defendendo sua fronteira, que seus alvos são homens armados e que a maioria das vítimas é militante do Hamas, grupo islâmico que controla a faixa de Gaza e que defende a destruição do estado israelense. Não houve feridos do lado israelense. 

 A violência na região e o resposta israelense aos protestos foram alvos de críticas da comunidade internacional, embora os Estados Unidos tenham culpado o Hamas pelos problemas. 

 As manifestações tiveram seu auge em 14 de maio, dia da inauguração da embaixada americana em Jerusalém -que antes ficava em Tel Aviv-, mas desde então tinham perdido força. O protesto desta sexta ocorreu pelo "Dia de Jerusalém", data criada pelo Irã como protesto pelo domínio israelense da cidade.

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