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Manifestantes em mais de 12 cidades na Indonésia protestaram contra mudanças propostas nas leis trabalhistas que tornariam mais difícil a decretação de greves, enquanto trabalhadores ao longo da Ásia fizeram manifestações no Dia do Trabalho por melhores condições.

Nas Filipinas e no Cambodja, os trabalhadores que foram ás ruas tiveram de enfrentar a polícia. Não há notícia de feridos ou mortos.

Mais de dez mil pessoas em Jacarta foram às ruas contra planos do governo para revisar a lei de 2003 que empresários dizem ter dado tantos benefícios e tanta liberdade de organização e paralisação que afetou a competitividade da Indonésia e sua capacidade de atriar investidores.

O governo e o atual parlamento, eleito em 2004, querem emendar a lei para dar aos empregadores mais flexibilidade, refrear as greves e diminuir a compensação para trabalhadores demitidos, atualmente uma das mais generosas do mundo.

Já os trabalhadores querem que a lei não mude.

- Queremos mostrar aos líderes que não queremos sucumbir ao que querem os investidores estrangeiros - disse uma mulher na manifestação em frente ao palácio presidencial.

- Não somos a razão do clima ruim de investimento, mas porque somos o bode expiatório? - disse outro manifestante, observando que a corrupção e a burocracia são os maiores obstáculos aos investimentos na Indonésia.

Protestos similares foram feitos em 12 outras cidades no quarto país mais populoso do mundo.

Legisladores de oposição se reuniram com representantes trabalhistas e prometeram derrubar as emendas do governo se elas chegarem ao parlamento.

Nas Filipinas, as manifestações do Dia do Trabalho reuniram milhares de pessoas, que foram monitoradas por um esquema pesado de segurança.

Uma falange de policiais usando cassetetes e escudos empurraram os manifestantes que tentavam se aproximar do complexo presidencial de Malacanang. Por volta das 18h locais, os manifestantes se dispersaram pacificamente.

As multidões nas imediações do palácio e em outras áreas de Manila. A mídia local estimou o número de manifestantes em cerca de dez mil. Eles reclamam aumento de salários, diminuição do preço dos combustíveis e a renúncia da presidente Gloria Macapagal Arroyo.

No Cambodja, policiais armadas com rifles AK-47 e bastões de choque elétrico perseguiram manifestantes para expulsá-los de praças no centro da capital e usaram caminhões para bloquear o acesso de trabalhadores do setor vestuário que pretendiam se reunir em volta da Assembléia Nacional.

O protesto foi o primeiro desde que o líder oposicionista Sam Rainsy retornou de um auto-imposto exílio, depois de ter perdido sua imunidade parlamentar.

Em Bangladesh, trabalhadores da indústria foram às ruas para pedir aumento de salário e melhores condições de trabalho.

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