Logo após a divulgação dos resultados, na noite de terça-feira, manifestações de protesto e tiros esporádicos já irromperam na capital Porto Príncipe| Foto: Reuters

Centenas de manifestantes bloquearam ruas com barricadas formadas por carros em chamas em diversos pontos da capital haitiana nesta quarta-feira, em protesto pelos resultados da contestada eleição presidencial, que também estão sendo questionados pelos EUA.

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Os manifestantes, alguns carregando pedaços de pau, gritavam frases de apoio a Michel Martelly, um músico popular e candidato à presidência que não conseguiu passar para o segundo turno das eleições realizadas no dia 28 de novembro.

Logo após a divulgação dos resultados, na noite de terça-feira, manifestações de protesto e tiros esporádicos já irromperam na capital Porto Príncipe.

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Os partidários de Martelly, que terminou em terceiro, ergueram barricadas com pneus em chamas no distrito de Petionville e num acampamento lotado de sobreviventes do terremoto de 12 de janeiro, perto do palácio presidencial.

Em algumas partes da capital se escutaram disparos logo depois da informação de que haverá um segundo turno, em janeiro, entre a ex-primeira-dama Mirlande Manigat e o tecnocrata Jude Celestin, já que nenhum candidato obteve maioria no primeiro turno.

Segundo as autoridades eleitorais, Manigat teve 31,37 por cento dos votos e Celestine, 22,48 por cento. Martelly teve menos de 1 ponto porcentual de diferença em relação ao segundo colocado.

A Embaixada dos Estados Unidos no Haiti divulgou um comunicado em que levanta dúvidas sobre os resultados, sugerindo que eles podem não ser consistentes com "o desejo do povo haitiano".

Policiais fortemente armados patrulhavam as ruas da capital e, apontando armas, forçaram alguns dos manifestantes a desmontar as barricadas.

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As eleições presidenciais e parlamentares foram realizadas em meio a protestos contra irregularidades na organização e fraude.

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