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A província separatista pró-russa de Abkhazia, independente do restante da Geórgia após um conflito nos anos 90, elegeu neste domingo um Parlamento, em um processo eleitoral considerado ilegal pelo presidente georgiano, Mikhail Saakachvili.

Segundo os primeiros dados, 44% dos 130.000 georgianos registrados compareceram às urnas para eleger os 35 membros do Parlamento desta província, situada no noroeste da Geórgia e cuja independência não é reconhecida pela comunidade internacional.

Abkhazia é uma antiga "república autônoma" da União Soviética que Stalin anexou à Georgia; se proclamou unilateralmente independente em 1992, depois da queda da URSS.

Tbilisi enviou tropas para conquistar a província rebelde e desencadeou uma guerra que causou milhares de mortes e um êxodo de 250.000 georgianos da região.

O conflito terminou em 1993, com a vitória de Abkhazia apoiada pela Rússia, que atualmente ajuda financeiramente a província separatista.

"A votação é ilegal e os resultados não serão reconhecidos por ninguém porque entre 400.000 e 500.000 pessoas foram expulsas de Abkhazia com o apoio de estrangeiros", disse Saakachvili em referência às fugas da região pelo conflito.

No sábado, centenas de manifestantes se concentraram na fronteira entre Geórgia e Abkhazia para protestar pelas eleições.

As autoridades da província separatista ameaçaram abrir fogo se os manifestantes georgianos ultrapassassem a fronteira e entrassem em seu território.

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