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Ajustes são resposta a nova estratégia adotada por países como Estados Unidos para lidar com conflito na Ucrânia | RIA NOVOSTI/REUTERS
Ajustes são resposta a nova estratégia adotada por países como Estados Unidos para lidar com conflito na Ucrânia| Foto: RIA NOVOSTI/REUTERS

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu nesta sexta-feira (3) à cúpula do Estado uma análise e avaliação dos riscos e ameaças que o país enfrenta a fim de proceder a um ajuste de sua estratégia de segurança nacional.

“Devemos reagir de maneira adequada” às decisões adotadas contra o país no Ocidente, “analisar todas as ameaças e riscos potenciais, nos âmbitos político, econômico e informativo, e sobre essa base corrigir a estratégia da segurança nacional”, disse Putin no Conselho de Segurança da Rússia.

Putin justificou o anúncio com a manifesta determinação de alguns países ocidentais, com os Estados Unidos à frente, de manter ou inclusive endurecer as sanções adotadas contra a Rússia por seu papel na crise na Ucrânia.

“Os últimos eventos mostram que não devemos esperar em um futuro próximo mudanças na política hostil (para com a Rússia) por parte de alguns de nossos oponentes geopolíticos”, lamentou Putin.

O chefe de Estado lembrou que a União Europeia prorrogou recentemente suas sanções contra Moscou, enquanto nos Estados Unidos há um debate constante sobre a conveniência de endurecer o castigo a Moscou.

“Ninguém tenta sequer analisar as causas” do conflito ucraniano, queixou-se Putin, que acusou os países “que adotam essas sanções contra a Rússia” de serem, “na realidade, os culpados de todos os eventos que acontecem no leste da Ucrânia”.

O líder russo afirmou que embora Moscou “esteja aberta à cooperação e o trabalho coletivo nos assuntos chave da atualidade internacional”, não descarta “se necessário, introduzir ajustes na política externa e nas bases da política integral da Rússia no espaço da Comunidade dos Estados Independentes”.

“Os motivos para pressionar a Rússia estão claros. Pomos em prática uma política interna e exterior independentes, não negociamos com nossa soberania, e isso não agrada a todo mundo”, ressaltou.

O chefe do Conselho de Segurança russo, Nikolai Patrushev, foi além e acusou os países que promovem as sanções contra a Rússia de tentar mudar as atuais autoridades do país.

As sanções “visam diminuir nosso potencial econômico, influir na política que realizamos em todo o mundo e, na realidade, mudar as autoridades que temos atualmente em nosso país”, disse Patrushev ao término da reunião.

“É preciso preparar medidas que, em caso de necessidade, possam se adaptar contra alguns países e grupos de países que apóiem no futuro as sanções contra a Rússia”, declarou o político russo, considerado um dos “homens fortes” do Kremlin.

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