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O presidente russo, Vladimir Putin, assinou nesta terça-feira (2)uma lei que o permite formar uma lista tríplice de candidatos para comandar regiões da Rússia se os legisladores locais descartarem as eleições diretas. A medida foi considerada por opositores um grave revés para a democracia no país.

Segundo as novas regras, cada legislador regional pode votar em suspender as eleições, optando por escolhendo o governador a partir de uma lista de três candidatos elaborada por Putin. No poder como presidente ou primeiro-ministro desde 2000, Putin cancelou as eleições de governadores regionais em 2004, como parte de um esforço para apertar o controle sobre o sistema político. As eleições foram retomadas no ano passado após protestos.

O presidente russo afirma que a nova lei é necessária para proteger os direitos das minorias em regiões mistas, como nas províncias de maioria muçulmana do Cáucaso do Norte.

O Kremlin diz temer que as eleições diretas em regiões voláteis possam provocar distúrbios. A Rússia sediará as Olimpíadas de Inverno em fevereiro, em Sochi, perto das províncias do Cáucaso do Norte.

Mas críticos do presidente reclamam que a lei representa um retrocesso na democracia e que favorece o partido governista Rússia Unida - bem menos popular do que o próprio Putin e que teve sua maioria parlamentar drasticamente reduzida na eleição de dezembro de 2011.

Opositores temem que o Kremlin e a Rússia Unida usem a medida para afastar os candidatos da oposição em favor de governadores leais ao governo. "É mais uma ferramenta para gerenciar tudo a partir de Moscou", disse Boris Nemtsov, líder da oposição e ex-ministro na década de 1990 no governo Boris Yeltsin.

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