Os italianos contam as horas para as medidas que flexibilizarão a quarentena imposta para conter o avanço do coronavírus.| Foto: Miguel Medina/AFP
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Italianos contam as horas para retornar gradualmente às ruas do país nesta segunda-feira, quando o governo começa a flexibilizar as regras de confinamento, após dois meses de quarentena para conter o avanço do novo coronavírus. Bangcoc, capital da Tailândia, desfrutou de seu primeiro dia de relaxamento das restrições. Na Suécia, a diretora do departamento de infecção da Agência Sueca de Produtos Médicos, Charlotta Bergqvist, disse à emissora TV4 que o uso do medicamento remdesivir no tratamento da Covid-19 está sendo estudado com alta prioridade na União Europeia e uma decisão pode ser tomada "em alguns dias".

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Em todo o mundo, o número de casos confirmados chegava a 3.448.057 e o de mortes, 244.229, segundo a Universidade Johns Hopkins. Os Estados Unidos lideram o ranking, com mais de 1,133 milhão de casos e 66.385 mortes; a Espanha é o segundo país com maior número de casos, 216.582, com 25.100 mortes.

Na Itália, parques e jardins públicos devem abrir amanhã para caminhadas e passeios de bicicleta ou com crianças, mas os cidadãos terão de manter distanciamento de um metro uns dos outros e evitar piqueniques e playgrounds. Já neste domingo, muitos italianos foram às ruas, a maioria com máscaras, mas em Roma pessoas foram vistas baixando a máscara para conversar. O primeiro ministro, Giuseppe Conte, alertou que as regras poderão ser endurecidas novamente caso a taxa de contágio volte a subir. Restaurantes e cafés poderão oferecer produtos para viagem e será permitida a realização de funerais de curta duração, com não mais do que 15 pessoas.

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Em Bangcoc, na Tailândia, moradores foram a parques, salões de beleza e mercados, e restaurantes começaram a ser reabertos. Bares permaneceram fechados, o que levou a um aumento das vendas de cerveja e de outras bebidas alcoólicas, conforme autoridades do país.

Antiviral

Na Suécia, a agência nacional de supervisão de medicamentos informou que a União Europeia avalia com urgência o uso de remdesivir para o tratamento da Covid-19 nos 27 países que integram o bloco, após decisão semelhante nos Estados Unidas. No último 1º de maio, a FDA, agência federal americana de controle de alimentos e medicamentos, autorizou o uso emergencial do antiviral remdesivir em pacientes da Covid-19 depois de pesquisadores terem relatado que ele reduziu o tempo de recuperação em pessoas que adoeceram com o novo coronavírus.

Por ora, a ação da FDA limita o uso do medicamento, produzido pela Gilead Sciences, apenas ao período da pandemia. Segundo o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIH, na sigla em inglês), análise preliminar de seu estudo mostrou que pacientes hospitalizados com Covid-19 submetidos a tratamento com remdesivir tiveram uma recuperação mais rápida do que pacientes em uso de placebo.

No restante do mundo

Outro país que também se prepara para flexibilizar as regras de confinamento é a Coreia do Sul. O ministro de Saúde sul-coreano, Park Neung-hoo, afirmou neste domingo que o governo permitirá a reabertura gradual de espaços públicos a partir de quarta-feira (6), a começar por parques públicos e para atividade esportiva, locais de lazer e museus. Teatros, espaços para shows e centros de bem-estar permanecerão fechados. Park informou também que o retorno dos estudantes às escolas ocorrerá de forma gradual - atualmente os alunos estão tendo aulas em casa.

Na Espanha, moradores aproveitaram seu segundo dia de flexibilização do confinamento. Autoridades de saúde do país reportaram neste domingo o menor número de mortes diárias em seis semanas, assim como o mais baixo número de novas infecções confirmadas desde que foi declarado Estado de Emergência, em 14 de março. Em Barcelona, o número de pessoas no calçadão em frente à praia era tão grande que, em alguns pontos, não era possível manter a regra de distanciamento mínimo de dois metros entre as pessoas. A maior parte dos serviços será aberto a partir desta segunda-feira. As máscaras serão obrigatórias nos transportes públicos.

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A Rússia reportou mais de 10 mil novos casos de Covid-19 neste domingo. Mais da metade dos 10.633 novos infectados relatados são da capital Moscou, onde a capacidade dos hospitais para receber doentes está próxima do limite. O epidemiologista Alexander Gintsburg, do Centro de Pesquisa Gamaleya, argumentou que o maior número de casos não significa agravamento da pandemia no país, e sim aumento da realização de testes. Segundo ele, o número de testes realizados dobrou nos últimos dez dias. A Rússia passou de 134 mil casos de infectados, com 1.420 mortes.

No Oriente Médio, o ministro de saúde pública do Afeganistão disse neste domingo que após a realização de 500 testes na capital Cabul, 150 deles deram positivo, o que elevou o receio de que a Covid-19 pode estar se disseminando pelo país de forma mais rápida do que o previsto inicialmente. Cabul e outras cidades afegãs já impuseram confinamento.

A China, onde a pandemia começou em dezembro, confirmou dois novos casos de infecção no sábado, prolongando um declínio constante no número de confirmados. O país não reportou óbitos ontem - nas últimas duas semanas, apenas uma morte foi registrada, de acordo com autoridades locais.