Um homem conversa com a atendente da Spanair no aeroporto de Barcelona| Foto: REUTERS/Albert Gea

A quebra da companhia aérea espanhola Spanair obrigou a cancelar neste domingo (29) 222 voos nos aeroportos espanhóis, enquanto prosseguem as tentativas para colocar em voos de outras companhias os passageiros afetados.

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Apenas neste fim de semana, segundo fontes da própria companhia aérea, 22.733 passageiros serão prejudicados pelo fim das operações anunciado na sexta-feira pela companhia.

O gestor aeroportuário AENA informou que 8.034 clientes trocaram os bilhetes adquiridos com a Spanair para voar entre o sábado e a próxima segunda-feira por passagens de outras companhias.

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Cerca de cem passageiros da Spanair que estavam na Gâmbia e esperaram horas para sair do país conseguiram chegar neste domingo em Barcelona (nordeste espanhol) a bordo de um avião da Vueling.

O número de passageiros afetados que chegam ao aeroporto madrilenho de Barajas para adquirir novos bilhetes caiu notavelmente nas últimas horas e os escritórios da companhia apresentavam um aspecto quase deserto neste domingo.

A suspensão da atividade de Spanair obrigou a cancelar 647 voos entre o sábado e a segunda-feira, dos quais 158 correspondem ao sábado, 222 ao domingo e 267 à segunda-feira.

A Spanair chegou a um acordo com a Vueling, Iberia e Air Europa para que até o dia 3 de fevereiro seus clientes voem com uma tarifa especial ou "de resgate", entre 60 e 100 euros, em função do destino.

Os afetados se queixam, no entanto, que há um número limitado de bilhetes com esses preços, e uma vez esgotados, devem enfrentar as tarifas a preço de mercado, que segundo a data escolhida e a classe disponível podem chegar até aos 500 euros.

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A Spanair, membro desde 2003 da maior aliança de companhias aéreas do mundo, a Star Alliance, contava com 2 mil trabalhadores diretos, mas dava emprego, de forma indireta, a outros 2 mil.

A empresa pode enfrentar agora uma multa de até 9 milhões de euros pelo abrupto cancelamento de seus voos.

A crise bateu com força esta companhia, que sofreu em 2008 um acidente aéreo no aeroporto madrilenho de Barajas no qual morreram 154 pessoas.

Seu brusco final chega depois que a companhia aérea Catar Airways abandonou a intenção de adquirir 49% das ações da companhia espanhola, após o Governo regional da Catalunha anunciar que deixaria de injetar dinheiro público na Spanair.

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