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A cronicamente faminta Coreia do Norte pode perder até 13% de sua safra de grãos este ano, por conta da seca seguida de inundação generalizada, afirmou uma autoridade sul-coreana nesta terça-feira (4).

A previsão sombria veio após um alerta na semana passada de um assessor sul-coreano que havia acabado de voltar de uma visita à Coreia do Norte. Ele afirmou que o país poderia enfrentar o retorno da fome que custou a vida de cerca de um milhão de norte-coreanos nos anos 1990.

"A situação alimentar da Coreia do Norte no próximo ano pode ser difícil", disse a autoridade sul-coreana, que falou sob a condição de anonimato.

Ele estima que o prejuízo da safra seja de 600 mil toneladas em um país que, mesmo em anos de boa colheita, tem de se voltar para o mundo exterior para ajudar a alimentar sua população de 24 milhões de habitantes.

A esperada escassez de grãos coincide com as promessas do isolado governo norte-coreano de reformar sua economia quebrada e com as tentativas de aumentar o seu contato com o mundo exterior, especialmente com a aliada China, que ajuda a sustentar o seu vizinho.

As Nações Unidas estimam que o Norte precise de cerca de 5,3 milhões de toneladas de grãos por ano e normalmente pode produzir apenas 4,5 milhões de toneladas. O déficit previsto para este ano é equivalente a uma queda de 13%.

O Programa Mundial de Alimentos disse que vai realizar este mês uma avaliação em larga escala das necessidades alimentícias da Coreia do Norte.

Um tufão que varreu a Coreia do Norte no final de agosto matou 48 pessoas e devastou dezenas de milhares de hectares de plantações no país, que já havia sido atingido pelas enchentes e sofre com a escassez crônica de alimentos, após fortes chuvas o atingirem no final de junho e julho.

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