Os protestos contra a queima de exemplares do Alcorão em uma base dos EUA continuaram pelo terceiro dia nesta quinta-feira no Afeganistão, disseram testemunhas. A polícia voltou a realizar disparos para o ar para dispersar os manifestantes.
Mais de 600 pessoas saíram às ruas aos gritos de "Morte à América" e marcharam em Mihtarlam, capital da província de Laghman, a leste de Cabul. Além disso cerca de 300 estudantes tomaram as ruas da cidade de Jalalabad, no leste do país.
Na quarta-feira, pelo menos 9 manifestantes foram mortos a tiros e dezenas de pessoas ficaram feridas em violentos protestos em todo o país devastado pela guerra, onde os Estados Unidos lideram cerca de 130 mil soldados estrangeiros da força de coalizão que tentam acabar com a insurgência do Taleban.
O ministério do Interior do Afeganistão atribuiu pelo menos uma das mortes a "guardas estrangeiros de Camp Phoenix", uma base militar dos EUA a leste de Cabul atacada por manifestantes. Entretanto, a maioria das mortes foi atribuída à polícia local.
Nesta quinta-feira, manifestantes lançavam pedras na base de Mehterlam, capital de Laghman. Pelo menos 2 mil pessoas se reuniram na cidade de 100 mil habitantes, mas não havia registro de feridos nesse caso.
Autoridades norte-americanas se desculparam várias vezes pela queima dos exemplares do Alcorão, que foram enviados para um incinerador na base aérea de Bagram, ao norte da capital do país.
Militares americanos, falando sob condição de anonimato, disseram que os militares retiraram os livros do Alcorão da prisão de Bagram porque suspeitavam que os presos usassem o livro sagrado para trocar mensagens. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.
Pragmatismo não deve salvar Lula dos problemas que terá com Trump na Casa Branca
Bolsonaro atribui 8/1 à esquerda e põe STF no fim da fila dos poderes; acompanhe o Sem Rodeios
STF condenou 265 pessoas pelos atos do 8/1 e absolveu apenas 4
“Desastre de proporções bíblicas”: democratas fazem autoanálise e projetam futuro após derrota
Deixe sua opinião