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Centenas de manifestantes marcharam na capital, em protesto aos reajustes do governo | Jorge Bernal/AFP
Centenas de manifestantes marcharam na capital, em protesto aos reajustes do governo| Foto: Jorge Bernal/AFP

La Paz - As principais cidades da Bolívia estavam paralisadas ontem por uma greve dos transportes coletivos e por barricadas, em protesto contra uma alta de até 80% dos combustíveis, num clima de crescente descontentamento que o presidente Evo Morales tentou resolver com aumentos salariais. El Alto, a cidade-dormitório vizinha a La Paz e principal feudo eleitoral de Evo Morales, liderava os protestos com a mobilização de milhares de pessoas, que montavam barricadas com pneus em chamas e apedrejavam edifícios de organizações relacionadas ao presidente, comprovou um jornalista da AFP.

Em La Paz, onde o Palácio presidencial era protegido por militares, o transporte público havia quase desaparecido desde cedo e a população tinha dificuldades para se deslocar. Nos mercados, eram grandes as filas de cidadãos em busca de alimentos, que co­­meçam a ficar escassos.

Reajuste pesado

Na cidade de Cochabamba, a 400 km de La Paz, os grevistas do trans­­porte de carga instalaram veículos pesados nas interseções das ruas de acesso, impedindo a circulação, segundo mostraram ima­­gens de tevê. Santa Cruz de la Sier­­ra, motor do desenvolvimento boliviano, também foi muito afetada pela paralisação do transpor­­te, e organizações civis anunciavam outras manifestações. Os protestos são contra um decreto anunciado no domingo pe­­lo governo, que aumentou os preços da gasolina (83%) e do diesel (73%). Desde então, os transportes estipularam altas de até 100% de suas tarifas.

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