Os rebeldes houthis continuaram sua campanha militar neste domingo, apesar de sinais de tensão na aliança entre o grupo e o ex-presidente do país, Ali Abdullah Saleh. Em um discurso transmitido pela televisão no sábado a noite, Saleh pediu diálogo político e novas eleições no país, mostrando pela primeira vez divergências com os rebeldes houthis desde o início dos conflitos, em setembro.
Saleh governou o Iêmen por duas décadas até ser retirado do poder, em 2012, e tem sido um importante agente na fragmentação do exército, recuperando a lealdade de algumas unidades, que se juntaram aos houthis no governo.
Os rebeldes enfrentam forte resistência no sul do país, onde forças pró-governo estão resistindo com a ajuda de ataques aéreos liderados pela Arábia Saudita, que têm causado centenas de mortes entre os houthis. Durante o final de semana, os grupos militantes foram retirados de partes da cidade portuária de Áden, para onde o presidente Abed-Rabbo Mansour Hadi havia fugido no início da semana passada.
Os ataques sauditas têm sido importantes para conter o avanço dos rebeldes. O principal reduto dos houthis é o norte do país, mas o grupo xiita tenta avançar para o sul, uma aposta arriscada, segundo diplomatas árabes. O sul do Iêmen é dominado por sunitas e tem uma estrutura tribal.
-
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
-
O “relatório da censura” e um momento crucial para a liberdade de expressão
-
Braço direito de Moraes no STF já defendeu pena de morte e é amigo de Val Marchiori
-
Três governadores e 50 parlamentares devem marcar presença no ato pró-Bolsonaro de domingo
Deixe sua opinião