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Após o ataque que matou 75 pessoas na segunda-feira (14) em Abuja, capital da Nigéria, professores e parentes de alunos de uma escola secundária no Nordeste do país afirmaram nesta terça (15) que rebeldes islâmicos sequestraram mais de cem alunas naquela mesma noite.

De acordo com o comissário de educação do estado de Borno, Inuwa Kubo, as autoridades tentam levantar o número exato de quantas jovens foram levadas. Os relatos dos professores dão conta de que até duzentas teriam sido sequestradas por homens armados na noite de segunda. Outras fontes de segurança, no entanto, afirmam que o número passa de cem, mas não chegaria a 200. Um soldado e um policial teriam sido mortos na ofensiva.

Audu Musa, professor de uma escola ao sul da capital do estado, Maiduguri, afirmou ter visto oito corpos na manhã desta terça (15), mas não confirmou se seriam de meninas. Já Tanko Lawan, comissário de polícia de Borno, afirmou que as jovens podem ter sido levadas para a Floresta de Sambisa, que é conhecida por servir de esconderijo para rebeldes islâmicos.

O incidente segue o atentado a um ponto de ônibus em Abuja, que matou 75 e feriu outras 141 pessoas. O presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, afirmou suspeitar do grupo radical islâmico Boko Haram, que também teria sido responsável por outros ataques em Borno na semana passada, nos quais 19 pessoas morreram.

O Boko Haram é uma organização considerada terrorista tanto pela Nigéria quanto pelos EUA. O grupo jihadista se diz contra a "ocidentalização" da Nigéria e vem promovendo diversos atentados a regiões cristãs do país desde 2009, além de dominar territórios da porção muçulmana do país, inclusive Borno. Um dos lemas do Boko Haram, que ataca principalmente escolas, igrejas e locais públicos, está em seu nome, que significa algo próximo a "ocidentalização é pecaminosa".

Em fevereiro do ano passado, 59 jovens do sexo masculino foram mortos em uma escola no estado vizinho de Yobe, o que fez com que autoridades de Borno fechassem provisoriamente todas as suas instituições de ensino. O Boko Haram foi acusado pelo governo do país pelo massacre, a exemplo de outras denúncias de ataques que teriam matado mais 1,5 mil pessoas somente em 2014.

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