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Caminhão de rebeldes líbios, carregado de munição, é detido em um posto de controle das forças do ditador Muamar Kadafi em Bir Ayyad | Anis Mili/Reuters
Caminhão de rebeldes líbios, carregado de munição, é detido em um posto de controle das forças do ditador Muamar Kadafi em Bir Ayyad| Foto: Anis Mili/Reuters

Rebeldes líbios rejeitaram um plano de paz proposto pela União Africana, alegando que a proposta garantiria a permanência do ditador Muamar Kadafi no poder, o que inviabiliza uma solução política para o conflito. No entanto, afirmaram que o líder líbio pode continuar no país se aceitar renunciar ao poder.

Na sexta-feira passada, líderes de nações africanas reunidos na Guiné Equatorial apresentaram um plano que exclui Kadafi das negociações diretas com os rebeldes e diz que o ditador se compromete a apoiar um processo de diálogo inclusivo.

A proposta não pede a re­­núncia de Kadafi. Os rebeldes alegam que a saída dele é necessária para que o conflito seja resolvido. O líder rebelde Mustafa Abdel Jalil afirmou que Kadafi pode ficar no país, contanto que deixe o poder.

A concessão é a mais clara que os rebeldes já fizeram para Kadafi. "Como uma solução pacífica, oferecemos que ele pode renunciar e ordenar seus soldados a recuarem de suas posições e, então, pode decidir se quer ficar na Líbia ou fora dela", afirmou Jalil, que também chefia o Conselho de Tran­­sição Nacional e é ex-mi­­nistro da Justiça de Kadafi.

"Se ele decidir que quer ficar na Líbia, ele determinará o lugar e estará sob supervisão internacional", disse Jalil. Ele também afirmou que fez essa proposta há um mês por intermédio da Organização das Nações Unidas (ONU), mas ainda precisa receber resposta de Trípoli.

Turcos

A Turquia, enquanto isso, en­­dureceu o posicionamento em relação à Líbia, pedindo o retorno definitivo do embaixador em Trípoli, Salim Levent Sa­­hinkaya. O país, que antes criticou os ataques aéreos da Or­­ganização do Tratado do A­­tlân­­tico Norte (Otan) contra a Líbia, gradualmente adota medidas mais duras. O país se recusou a tomar parte na ação militar, mas forneceu seis navios de guerra para ajudar a Otan.

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