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Pelo menos 13 soldados e um general ucraniano morreram nesta quinta-feira na queda de um helicóptero nos arredores de Slaviansk, afirmou Alexander Turchinov, presidente interino da Ucrânia.

"Hoje recebi informação de Slaviansk de que terroristas derrubaram nosso helicóptero que levava soldados. Quatorze militares morreram, incluído o general Kulchitski", afirmou Turchinov, citado pela imprensa local.

Turchinov disse que o helicóptero militar foi atingido por um projétil de bazuca lançado pelos milicianos pró-Rússia perto de Slaviansk, o principal bastião rebelde na região de Donetsk.

"Tenho certeza que as Forças Armadas e os órgãos de segurança levarão até o final a limpeza de terroristas e de todos os criminosos. Serão liquidados ou se sentarão no banco dos réus", afirmou.

Segundo o Ministério do Interior da Ucrânia, o aparelho derrubado transportava munição e alimentos.

O autoproclamado prefeito de Slaviansk, Viacheslav Ponomariov, negou que os rebeldes tenham derrubado o helicóptero.

Os chefes da operação antiterrorista lançada contra os insurgentes russófonos anunciaram hoje sua disposição de criar um corredor humanitário para facilitar a saída da população civil de Slaviansk.

"Nessa situação, as partes devem chegar a um acordo para a criação de um corredor para os refugiados. A direção da operação antiterrorista está disposta a atuar para a evacuação dos civis pacíficos de Slaviansk", disse Vladislav Selezniov, porta-voz do governo ucraniano.

O funcionário desmentiu que as forças ucranianas tenham atacado a cidade com fogo de aviação e plataformas de lançamento de mísseis Grad, como denunciaram nesta manhã os milicianos.

Observadores da OSCE

A OSCE informou que perdeu contato com uma de suas equipes de observadores, composta por quatro pessoas em Donetsk na noite de segunda-feira. Anteriormente, rebeldes mantiveram observadores retidos por mais de uma semana no Leste da Ucrânia.

A equipe da OSCE foi deslocada para o país com o objetivo de monitorar a situação de segurança após a anexação da Crimeia pela Rússia e o comportamento da insurgência pró-russa. Eles também foram observadores na eleição presidencial de domingo que deu vitória ao magnata Petro Poroshenko.

Os combates se intensificaram após as eleições e a promessa do novo presidente de acabar com a guerra. Rebeldes disseram que perderam até 100 combatentes enquanto tentavam manter o controle do aeroporto de Donetsk, que foi recuperado pelas forças ucranianas.

Na quarta-feira, depois de separatistas reconheceram que milicianos da província russa da Chechênia se juntaram à rebelião, uma autoridade do governo ucraniano advertiu que suas fronteiras se tornaram uma frente na crise.

O líder checheno Ramzan Kadyrov, apoiado por Moscou, negou que tenha enviado seus paramilitares para a Ucrânia, e insistiu que não pode impedir que outros chechenos se juntem à luta.

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